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‘Vivemos uma injustiça’, desabafa família de delegado Thyago Garcez desaparecido há quatro anos no Amazonas

O delegado realizava um patrulhamento para apurar o furto de uma lancha, em Coari, quando houve intensa troca de tiros com supostos traficantes.
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Há exatamente quatro anos, após ter caído nas águas do Rio Solimões, o desaparecimento do delegado Thyago Garcez, no município de Coari (distante a 363 km de Manaus), segue como uma incógnita. A família carrega na lembrança um emaranhado de dúvidas de um caso não elucidado.

“Depois do arquivamento que o Ministério Público resolveu, não tivemos mais informação alguma e ficamos na nossa. Sabe como funciona a justiça…vivemos numa injustiça, isso sim! Justiça não existe”, desabafou um dos familiares do delegado durante entrevista exclusiva ao Portal Tucumã neste sábado (5), data em que o desaparecimento de Thyago completa quatro anos.

Relembre o caso

No dia 05 de dezembro de 2016, o delegado e sua equipe realizavam um patrulhamento para apurar o furto de uma lancha, no Lago de Coari, quando houve abordagem e uma intensa troca de tiros com dois suspeitos em uma embarcação. Com o sumiço do policial, logo, algumas hipóteses foram apontadas para o início de uma exaustiva busca.

Na época, com a repercussão do caso, 70 policiais militares e civis com as unidades especializadas da Policia Militar e Polícia Civil, dentre elas: COE, CIPCAES, Fera, DRCO, Denarc, com apoio da SSP-AM, foram deslocados para Coari.

Equipes durante a reconstituição do caso. (Foto: Divulgação).

Um dia após o desaparecimento, a metralhadora que Garcez portava foi encontrada no fundo do rio. O colete balístico que, supostamente, o delegado estaria usando no dia em que desapareceu, foi localizado por um pescador de 77 anos, às margens do Rio Solimões, quase próximo à cidade de Codajás.

Seis dias após o desaparecimento do delegado, dois homens colombianos foram mortos, após troca de tiros com policiais em um esconderijo, localizado em uma área rural de Coari. Naquela ocasião, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) informou que os dois tinham envolvimento no desaparecimento do delegado, esta, sendo uma das possibilidades que, ao longo do processo, não seria acatada como prova durante andamento dos primeiros inquéritos.

Instauração de inquérito

Na condução do caso, três inquéritos foram instaurados pela Polícia Civil, Polícia Militar e, paralelamente, corregedorias de ambas as instituições. No primeiro inquérito, a linha investigativa apurou o tráfico internacional de drogas. O segundo apurou a conduta dos policiais da equipe no dia do desaparecimento e o terceiro as buscas e o sumiço de Garcez, para atestarem se houve óbito em virtude da ação dos suspeitos ou por afogamento.

Arquivamento do processo

Em dezembro de 2019, após várias tentativas de resolução do caso, a Justiça do Amazonas acatou o pedido do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) e pediu pelo arquivamento do inquérito que, segundo o MP, a ausência de provas de materialidade e indícios de autoria não possibilitou à época, a continuação das investigações, resultando no arquivamento do processo. O caso Thyago Garcez, segue sem respostas até o momento.

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