Manaus – O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), criticou o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), durante o anúncio de novas medidas para combater o novo coronavírus (Covid-19).
Em entrevista, Wilson falou que faltou mais compromisso por parte da Prefeitura de Manaus, diferente das demais capitais brasileiras.
“Nós tivemos um grande problema aqui na capital por conta da ausência da prefeitura. Todas as capitais brasileiras assumiram suas responsabilidades de estabelecerem medidas restritivas e recomendações, ao contrário da prefeitura de Manaus, que não fez uma ação sequer efetiva”, avaliou.
Nos últimos meses o prefeito Arthur Neto decretou o fechamento da Ponta Negra, estabeleceu uso obrigatório de máscara, além do fechamento dos cemitérios públicos devido a pandemia. Eventos como Boi Manaus, Paço a Passo e o tradicional Réveillon foi cancelado com intuito de evitar contágio da Covid-19.
O Portal Tucumã entrou em contato com a Prefeitura de Manaus cobrando um posicionamento do atual chefe municipal. Um comunicado oficial deve ser divulgado em breve.
Medidas
O decreto estabelecido pelo governado junto com o Comitê de Crise da Covid-19 determina o fechamento de serviços não essenciais do dia 26 de dezembro até o dia 10 de janeiro, na capital e no interior.
Com isso, fica proibido o funcionamento de bares, casas de shows e restaurantes irão funcionar como delivery. Somente os serviços essenciais como padaria, supermercados e drogarias poderão abrir normalmente.
Wilson Lima garantiu que vai combater as festas junto com a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). O estabelecimento autuado promovendo aglomerações terá o equipamento de som, iluminação e bebidas apreendidas pela polícia, além da aplicação de multa.
O boletim da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) divulgado na última terça-feira (22) aponta que foram registrados 1.217 novos casos de Covid-19, totalizando 193.544 casos da doença no estado, sendo 77.824 em Manaus e 115.720 no interior.
Entre os casos confirmados de Covid-19 no Amazonas, há 555 pacientes internados, sendo 337 em leitos (88 na rede privada e 249 na rede pública), 209 em UTI (65 na rede privada e 144 na rede pública) e nove em sala vermelha, estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos/graves para posterior encaminhamento a outros pontos da rede de atenção à saúde.
Plano
Durante a coletiva, Wilson Lima afirmou que o Governo Federal vem acompanhando a situação da pandemia no Amazonas e o Ministério da Saúde vai enviar 40 respiradores e 100 monitores para abastecer a rede pública.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) contratou 30 leitos para pacientes com Covid-19 no Hospital Beneficente Português de Manaus, sendo dez de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 20 leitos clínicos. O termo de contratação de serviços e o de fomento foi assinado na última sexta-feira (18) com a Sociedade Portuguesa Beneficente.
De acordo com o secretário da SES-AM, Marcellus Campêlo, os termos representam o resgate da importância do Hospital Beneficente Português, reforçando a rede para o enfrentamento da Covid-19 no Amazonas.
“É uma instituição histórica na cidade de Manaus, que apoia muito a saúde do Amazonas e que estava ausente do sistema da rede de saúde aqui do Estado”, afirmou.
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