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‘A perda dela ainda dói’, diz mulher que perdeu a mãe durante a pandemia da Covid-19 no Amazonas

Dona Andreia viveu este ano a maior dor da vida: a perda da mãe para a covid-19. Mais ainda ela ainda tem fé em dias melhores.
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'A perda dela ainda dói', diz mulher que perdeu a mãe durante a pandemia da Covid-19 no Amazonas - Foto: Arquivo Pessoal

Uma data especial que não pode passar em branco, mas que em meio à pandemia ganhou um significado diferente: o Dia das Mães! Celebrado sempre com festas em família, este ano as comemorações se transformarão em um momento de reflexão em muitos lares do Brasil. E aqui em Manaus, histórias de superação e força irão fazer parte deste dia, que é tão singular.

Uma dessas histórias é da dona de casa Andreia castro, de 63 anos. Uma senhora cheia de fé e esperança em dias melhores. A dona de casa já viveu muitas alegrias, mas também muitas dores. Há três anos lutando contra um câncer de mama, este ano ela teve que superar uma das maiores dores da vida: a perda da mãe, que tinha 88 anos e não conseguiu vencer a batalha contra a covid-19.

“Minha mãe era muito especial. Ela morava em uma comunidade em careiro da Várzea, mas a distância entre nós era só física. Nos falávamos todos os dias e a perda dela ainda dói muito”, disse a dona de casa, que há três anos luta contra o câncer da mama e que em novembro do ano passado venceu outra luta, desta vez, contra a covid-19.

Dona Andreia tem dois filhos, um rapaz de 23 anos e uma mulher de 37 anos. Ela mora com o esposo, Juarez Monteiro de Lima, de 61 anos e com o filho mais novo.  Nos últimos meses, além da perda da mãe, a dona de casa também teve que superar a morte de uma cunhada e de um cunhado.

“Infelizmente eles não conseguiram vencer esta luta. Aqui em casa, todos nós tivemos covid-19 de uma vez só, mas graças a Deus, não precisamos nos internar. Lembro que eu e meu esposo ficávamos deitados na cama orando pela nossa recuperação. Foram dias difíceis”, lembrou.

Mas a fé nunca foi abalada

Para este Dia das Mães a dona de casa disse que não irá ter comemoração, pois além de ter perdido a mãe e outros entes queridos, a situação financeira também não é das melhores já que tanto ela, como o esposo e filho estão desempregados. “Estamos nessa situação. Um dia meu esposo faz um bico e consegue um dinheirinho, outro dia meu filho é quem faz. Eu há dois anos luto para tentar conseguir minha aposentadoria devido a minha situação de saúde (câncer), mas com a pandemia até isso ficou mais difícil”, afirmou.

Mas segundo ela, mesmo com todas essas adversidades, o momento é de agradecimento e fé. “Neste Dia das Mães não iremos festejar. Eu irei orar para agradecer, pois acredito que tudo que acontece na vida é determinado por Deus. Eu fico triste pelas perdas, mas alegre porque sei que as pessoas que se foram estão ao lado de Jesus”.

D. Andreia com esposo e filhos
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