Manaus (AM) – Uma adolescente de apenas 13 anos foi vítima de um crime brutal em Manaus, onde foi estuprada por vários homens. O incidente ocorreu no dia 28 de agosto, em uma residência no bairro Petrópolis, zona sul da cidade.
Segundo informações da delegada Joyce Coelho, a adolescente havia saído de casa para encontrar um jovem que havia conhecido recentemente em Manaus. O que ela não sabia era que o rapaz havia convidado outros sete homens para o encontro, que aconteceu em uma casa preparada exclusivamente para o crime.
Ao chegar ao local, a adolescente foi cercada pelo grupo de homens, que a agrediram e a estupraram. Os gritos da vítima chamaram a atenção dos vizinhos, levando um dos suspeitos a interromper o estupro e mandar a adolescente de volta para casa em um carro de aplicativo.
A vítima relatou o ocorrido para sua mãe, que imediatamente acionou a polícia. Apesar das rondas realizadas no local, os suspeitos já haviam fugido.
“Ela contou para mãe que ele passou a efetuar vários telefonemas chamando alguns amigos. No local ela chegou a contar oito rapazes, só tinha ela de mulher. Ela passou a ficar nervosa e ela não sabe ao certo, mas disse que três ou quatro fizeram violência real contra ela que começou a apanhar com socos na costela e então começou a gritar”, diz a delegada.
Posteriormente, a adolescente foi ouvida formalmente na delegacia, onde identificou um dos suspeitos. Andrey da Silva Fonseca, de 18 anos, e Joaz do Carmo Castilho, de 19 anos, foram identificados e tiveram mandados de prisão temporária cumpridos.
Os suspeitos negaram envolvimento no crime, porém, a polícia considera sua prisão fundamental para identificar outros envolvidos. Eles responderão pelo crime de estupro de vulnerável, com agravante pelo crime ter sido cometido coletivamente.
Além disso, a investigação revelou detalhes perturbadores sobre a organização do crime. No celular de um dos suspeitos, foram encontradas mensagens que diziam: “Ela já está aqui”, indicando um planejamento prévio e conivência dos envolvidos. Para a delegada Joyce Coelho, a prisão de Andrey e Joaz é crucial para se chegar à identidade dos demais participantes do estupro coletivo.
A jovem vítima relatou às autoridades o terror que enfrentou durante o crime. Segundo a delegada, a adolescente começou a chorar e gritar, especialmente quando foi fisicamente agredida. No momento do depoimento, ela ainda apresentava hematomas pelo corpo, corroborando não apenas os relatos de violência sexual, mas também as agressões físicas sofridas.
A expectativa das autoridades é que, em novos depoimentos, a dupla de suspeitos colabore com a polícia, fornecendo informações que levem à identificação dos demais envolvidos. É importante ressaltar que, apesar de não terem antecedentes criminais, Andrey e Joaz responderão pelo crime de estupro de vulnerável, com agravante pelo caráter coletivo do ato.
“Então essa prisão temporária é para isso, para que a gente consiga identificar todos os oito que participaram desse plano aí, desse estupro coletivo. A gente sabe, mais ou menos, por informação deles, que existem dois adolescentes ali que teriam cometido ato infracional, mas então a gente precisa diligenciar para que a gente consiga identificar todos e fazer com que todos respondam pelos seus atos aí na medida da sua culpa”, finaliza.
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