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Anvisa proíbe venda de Annita, remédio secreto de Pontes, sem receita especial

A FQM Farmoquímica, empresa responsável pelo Annita no Brasil, não forneceu o medicamento para testes e nem da pesquisa feita por Marcos Pontes.
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annita remédio marcos pontes
annita remédio marcos pontes

Foto: Getty Images

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou nesta quinta-feira (16) uma norma proibindo a venda de medicamento à base de nitazoxanida sem receita médica especial. A droga é comercializada em forma de vermífugo com o nome de Annita.

O medicamento é o remédio cujo nome não foi divulgado pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, na quarta (15), quando ele informou que a pasta começará a testar em pacientes com o novo coronavírus um medicamento que, em laboratório, reduziu em 93,4% a carga viral em células infectadas pelo vírus.

“Fiz questão de não saber este nome para evitar uma correria em torno deste medicamento enquanto não temos certeza de que ele vai funcionar para isso”, afirmou o ministro Marcos Pontes.

A nova regra da Anvisa incluiu medicamentos à base de nitazoxanida na lista de substâncias controladas. Com isso, a sua entrega ou venda nas farmácias e drogarias só poderá ser feita para pessoas com a receita especial em duas vias -uma ficará retida na farmácia e outra, com o paciente.

Negação

O laboratório farmacêutico FQM Farmoquímica, que vende o medicamento Annita no Brasil, realiza desde janeiro uma pesquisa para usar o princípio ativo do remédio, a nitazoxanida, no combate ao coronavírus. A empresa diz que não tem conhecimento sobre a pesquisa anunciada por Marcos Pontes e não forneceu medicamento ao governo para a realização de testes.

A medicação ainda está sendo desenvolvida e não pode ser encontrada no mercado. Ela deverá começar a ser testada em pacientes com covid-19 nos próximos dias.

A meta é testar o medicamento em 50 pacientes. Os resultados mais robustos podem aparecer em três semanas. O objetivo é testar a medicação em pacientes que estejam internados, mas não em estado grave. “Uma das variáveis é verificar se o remédio consegue impedir que o quadro piore e evitar que o paciente precise da UTI”, afirma Vinicius Blum, gerente executivo da Farmoquímica e responsável pela área médica da companhia.

Por Folhapress e Exame

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