A tensão entre as Forças Armadas e os Três Poderes ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (22). Segundo o Estadão, o ministro da Defesa, General Braga Netto enviou um recado para o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) alegando que não haveria eleições em 2022, se não houvesse voto impresso e auditável.
Aproveitando a repercussão do assunto, o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e o vice-presidente Marcelo Ramos (PL-AM) se manifestaram sobre o assunto.
Marcelo Ramos
O vice-presidente Marcelo Ramos (PL-AM) compartilhou o tweet de Lira, enfatizando que concorda com as palavras do presidente. Algumas horas depois, Ramos tonificou seu discurso em prol da democracia, afirmando que não são os militares que decidem se vai ter eleição ou não.
Entenda o caso
Segundo o Estadão, o ministro Braga Netto deu um recado para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) que não haveria eleições em 2022, se não houvesse voto impresso e auditável.
Ao receber o recado do ministro da Defesa, diz o jornal, Lira procurou Jair Bolsonaro e disse, segundo interlocutores, que não contasse com ele para qualquer ato de ruptura institucional. O deputado afirmou se manter fiel ao presidente, mas não admitiria golpe.
O ministro estava acompanhado de chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. A subida de tom de Braga Netto se dá justamente no momento em que a CPI da Covid passa a descobrir o envolvimento de militares nas negociações para a compra de doses de vacinas.
Leia também : Retorno? Em vídeo, Bolsonaro afirma que faz parte do ‘Centrão’
