Brasil – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, na manhã desta quarta-feira (21), que acredita que pode ser absolvido em processo que pede por sua inelegibilidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A ação foi impetrada pelo PDT, após uma reunião do então presidente com embaixadores de outras nações, em julho do ano passado, em que Bolsonaro levantou dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro
A fala do ex-presidente foi feita durante visita ao Senado Federal, que ao responder questionamentos de jornalistas citou o julgamento da chapa Dilma-Temer realizado em 2017, ao qual ambos foram absolvidos das acusações e abuso de poder econômico.
“Me julgue a exemplo do que foi julgado o caso da chapa Dilma-Temer, e, mais ainda, por coincidência do destino foi absolvida a chapa, que continuou valendo, por 4 a 3, o voto decisivo foi do presidente do TSE à época, Gilmar Mendes, que falou: O ‘TSE não existe para cassar mandato de ninguém, muito menos de presidência da República. Um desses quatro votos foi do ministro Tarcísio que votou com Gilmar Mendes, ou seja, é só o seu Alexandre de Moraes, diretamente beneficiado por uma conjectura, uma coincidência do momento, seguir os precedentes do que aconteceu em 2017, que eu vou ser absolvido também”, disse Bolsonaro complementando que não tem motivos para a cassação.
Bolsonaro acredita que pode ser absolvido em julgamento do TSE pic.twitter.com/k8o61iaxRy
— Tucumamidias4 (@Tucumamidias411) June 21, 2023
“Não tem porque cassar meus direitos políticos na reunião com embaixadores é só julgar com a mesma jurisprudência de 2017 que essa ação será arquivada”, disse o ex-presidente sobre o julgamento que ocorre amanhã (22).
Bolsonaro ainda disse que a questão de ter reunido com os embaixadores e ter falado em eleições fora do período eleitoral é “frágil”, alegando que era uma das competências do presidente.
Sobre a possibilidade de ser cassado e seguir na vida política, Bolsonaro foi enfático em sua resposta: “não sei se vou estar vivo ao virar a esquina aqui, então eu não falo sobre ser [cassado]”, citando que até o ministro relator do processo no TSE, Benedito Gonçalves, pode mudar o voto.
O ex-presidente deixou em aberto seu futuro político após o julgamento desta quinta-feira (22) e disse que não teve seu nome envolvido no suposto golpe após as eleições.
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