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Bolsonaro desfila a cavalo em protesto e cobra voto impresso para que ‘Lula não fraude eleições’

"Se não tivermos o voto auditável, esse canalha pela fraude ganha as eleições do ano que vem", manifestou Bolsonaro sobre Lula à apoiadores
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Bolsonaro desfila a cavalo em protesto e cobra voto impresso para que 'Lula não fraude eleições'
Bolsonaro desfila a cavalo em protesto e cobra voto impresso para que 'Lula não fraude eleições'

O presidente Jair Bolsonaro participou neste sábado (15) de uma manifestação organizada por caminhoneiros, ruralitas e famílias, para apoiar o governo e criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e a CPI da Covid.

Depois de cavalgar na frente dos manifestantes usando um chapéu de boiadeiro na Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro subiu em um carro de som e, sem citar nominalmente o STF, fez discurso afirmando que “tiraram um canalha da cadeia”. Segundo ele, um político solto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula, que também não teve no nome citado, quer ganhar a eleição por meio de fraude. Bolsonaro repete discurso da campanha de 2018 e alega que só o voto impresso é capaz de garantir a lisura das eleições.

“Se tiraram da cadeia o maior canalha da história do Brasil, se para esse canalha foi dado o direito de concorrer, o que me parece é que se não tivermos o voto auditável, esse canalha pela fraude ganha as eleições do ano que vem.  Nós não podemos admitir um sistema eleitoral que é passível de fraude. E eu tenho dito se o nosso Congresso Nacional aprovar a PEC do voto auditável da Bia Kicis, e ela for promulgada, nos teremos voto impresso em 22″, disse o presidente.

Bolsonaro caminhou entre os manifestantes, que criticavam tanto os ministros do Supremo quanto os membros da CPI da Covid. Bolsonaristas também se reuniram neste sábado na Avenida Paulista, em frente ao prédio da Fiesp, em São Paulo, para defender pautas do governo. O ato foi organizado pela Marcha da Família.

— Quem prepara a terra e planta, é porque quer colher alguma coisa lá na frente. Se tiraram da cadeira o maior canalha da História do Brasil, se para esse canalha foi dado o direito de concorrer, o que me parece é que se não tivermos o voto auditável, esse canalha ganha as eleições do ano que vem — disse Bolsonaro.

Ao som de gritos de “eu autorizo, eu autorizo”, uma referência ao discurso em tom de ameaça do próprio Bolsonaro de que esperava um pedido do povo para adotar medidas contra as medidas de isolamento social na pandemia, o presidente afirmou que não se pode “assistir passivamente tantos desmandos”:

— Não podemos assistir passivamente tantos desmandos, tantas arbitrariedades que vocês bem viram ao longo do último ano. Parece que tínhamos que falar por isso para dar valor à nossa liberdade.

Em Brasília, antes da chegada de Bolsonaro, dois helicópteros da Presidência sobrevoaram a manifestação, por volta das 15h, para observação. Depois de darem duas voltas, as aeronaves retornaram para o Palácio da Alvorada. Pela manhã, o presidente avisou nas redes sociais que estaria “com o povo” na Esplanada.

Dois atos diferentes estavam marcados para este domingo: um de religiosos, pela manhã, e outro de produtores agropecuários, de tarde. Na prática, no entanto, houve uma mistura entre os dois grupos.

O STF foi um dos principais alvos dos manifestantes, seja em cartazes ou em gritos nos carros de som. Uma faixa, por exemplo, diz que os ministros da Corte estão “demitidos”. Outra pede uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o tribunal. Diversos apoiadores também repetem a frase “eu autorizo”, expressão que tem sido utilizada entre simpatizantes do governo.

Em São Paulo, cerca de 200 pessoas fizeram orações por Bolsonaro, também defenderam a aprovação do uso do voto impresso nas eleições de 2022 e fizeram diversos ataques a desafetos do presidente. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) foi alvo de coros de “Renan vagabundo”, uma repetição da ofensa proferida pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos/RJ) ao colega do Senado no dia 12 de maio. A CPI da Covid, que investiga possíveis crimes do governo federal no combate à pandemia, foi chamada de “farsa”.

A manifestação contou com dois representantes do baixo escalão do governo. Quirino Cordeiro Jr, secretário de Cuidados e Prevenção às Drogas, do Ministérios da Cidadania, e Angela Gandra, secretária nacional da Família, ligada ao ministério de Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), discursaram do carro de som.

Numa barraca atrás da aglomeração, onde muitas pessoas não usavam máscaras, militantes bolsonaristas coletavam assinaturas para a criação do Aliança pelo Brasil, partido em construção ligado à família Bolsonaro. Enquanto Angela fez defesa das políticas públicas do governo voltadas à família, Quirino afirmou que o “Brasil vive o maior risco de legalização das drogas na história”. No discurso de outros militantes, a esquerda foi associada ao “demônio” e à maconha.

O deputado federal Coronel Tadeu (PSL-SP) participou da manifestação de cima do carro de som. Estavam presentes também grupos como Aliança Jovem Conservadora, Família Cristã pela Liberdade e Movimento Pra Frente Brasil.

Com informações via O Globo

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