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Braga Netto: Novo Ministro da Defesa diz que ‘movimento 1964 deve ser compreendido e celebrado’

Walter Braga Netto, novo ministro da Defesa, publicou uma ‘Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março de 1964’, pelos 57 anos do regime militar no país.
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Braga Netto: Novo Ministro da Defesa diz que 'movimento 1964 deve ser compreendido e celebrado'
Braga Netto: Novo Ministro da Defesa diz que 'movimento 1964 deve ser compreendido e celebrado'

O novo ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto, publicou, na última terça-feira (30), uma ‘Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março de 1964’, pelos 57 anos do regime militar no país.

No texto, que foi publicado no portal oficial da pasta, Braga Netto lembra o contexto histórico em que ocorreram os eventos daquele dia, e diz que o ‘movimento de 1964 é parte da trajetória histórica do país’:

“Havia ameaça real à paz e à democracia”, lembrou ele.

“Diante disso, brasileiros perceberam a emergência e se movimentaram nas ruas, com amplo apoio da imprensa, de lideranças políticas, das igrejas, do segmento empresarial, de diversos setores da sociedade organizada e das Forças Armadas, interrompendo a escalada conflitiva, resultando no chamado movimento de 31 de março de 1964”.


O ministro disse, ainda, que as Forças Armadas pacificaram o país, “enfrentando os desgastes para reorganizá-lo e garantir as liberdades democráticas que hoje desfrutamos”.

Braga Netto fez questão de lembrar que o cenário geopolítico atual apresenta, também, seus desafios, como as questões ambientais, ameaças cibernéticas segurança alimentar e pandemias:

“As Forças Armadas estão presentes, na linha de frente, protegendo a população. […] Marinha, Exército e Força Aérea acompanham as mudanças, conscientes de sua missão constitucional de defender a Pátria, garantir os Poderes constitucionais, e seguros de que a harmonia e o equilíbrio entre esses Poderes preservarão a paz e a estabilidade em nosso País”, garantiu ele.

Nesta quarta-feira (31 de março), completam-se 57 anos desde que o Congresso Nacional depôs o então presidente João Goulart e uma junta militar assumiu o poder, dando início ao período de ditadura que perduraria por 20 anos no país, até 1985.

A data tem sido celebrada discretamente durante anos em quartéis e clubes militares. No do Rio de Janeiro, o mais emblemático, é tradição um almoço em homenagem à “revolução democrática”. O evento teve de ser cancelado neste ano por causa da pandemia de covid-19.

Em decisão de 17 de março deste ano, o TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5ª Região) concedeu ao Exército o direito de realizar comemorações alusivas ao golpe militar de 1964.

A decisão foi uma vitória para o governo Bolsonaro, que pretende realizar atos relacionados à data. Em 2020, o Ministério da Defesa também publicou uma “Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março de 1964”. O comunicado divulgado na época dizia que aquele dia era considerado um “marco para a democracia brasileira”. 

Leia também: Barroso: ‘Tortura, cassações e censura são coisas de ditaduras, não de democracias’

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