Manaus – A médica cearense Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, popularmente conhecida como “Capitã Cloroquina”, foi convocada para prestar depoimento na CPI da Covid a respeito das ações do Governo Federal no combate à pandemia.
O chamado foi aprovado pelo Senado nesta quinta-feira (13), em convite feito pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pelo vice-presidente da CPI, Humberto Costa (PT-PE), e pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL).
Mayra Pinheiro esteve em Manaus no início do ano, antes da segunda onda da Covid-19 explodir no Amazonas.
Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), a médica confessou que foi responsável pela organização de uma comitiva de médicos que foi ao Amazonas para difundir o uso da cloroquina como tratamento contra a Covid-19, teoria defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).
Por outro lado, não existem estudos definitivos sobre a eficácia do medicamento no combate ao coronavírus.
“A função das visitas era conversar com os colegas médicos – todos os profissionais eram médicos – e tentar orientá-los sobre o atendimento precoce na unidade”, disse a “Capitã Cloroquina” para o MPF.
De acordo com a secretária, quem delegou a tarefa de organizar as ações em Manaus foi ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Ele foi convocado para ser ouvido na CPI, mas conseguiu um habeas corpus para não responder aos questionamentos.
Mayra afirmou que foram distribuídos em janeiro 120 mil comprimidos de hidroxicloroquina e cloroquina para o chamado “tratamento precoce” da doença.
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