As taxas de hesitação vacinal na Europa estão levantando alarmes, depois que uma pesquisa descobriu que 27% dos adultos em todo o bloco Europeu disseram que dificilmente aceitariam uma vacina de Covid-19, em meio a uma “falha” em persuadir as pessoas sobre sua eficácia e segurança.
Uma pesquisa da Eurofound investigando a aceitação da vacina nos estados membros da UE sinalizou preocupações sobre o sucesso das mensagens de funcionários de saúde sobre as doses da vacina contra Covid, alertando que o fracasso em convencer totalmente a população adulta a ser inoculada pode colocar a luta contra a pandemia em risco.
Cerca de 27% dos entrevistados em toda a Europa, incluindo metade dos entrevistados franceses e 67% dos que estão na Bulgária, disseram que seria muito improvável, ou melhor, improvável que recebessem uma vacina contra Covid. No entanto, houve grandes variações entre os estados, com as pessoas pesquisadas em países do Leste Europeu mais propensas a serem mais cautelosas ao tomarem as doses da vacina. Os números de hesitação ficaram acima de 30% em vários estados, incluindo Croácia, Letônia, Polônia e Eslovênia.
“Infelizmente, essas descobertas refletem uma falha em fornecer uma comunicação clara e persuasiva sobre a eficácia e segurança das vacinas”, disse Daphne Ahrendt, gerente sênior de pesquisa da Eurofound.
Olhando para as possíveis causas da hesitação da vacina, os pesquisadores encontraram uma ligação entre as pessoas que disseram ser menos propensas a receber uma injeção de Covid e a mídia social como principal fonte de informação. Entre os entrevistados que disseram depender principalmente das mídias sociais para suas notícias, a hesitação da vacina foi de 40%, em comparação com 18% que usaram os meios de comunicação tradicionais.
O lançamento do estudo ocorre em um momento em que os países da Europa buscam agilizar seus lançamentos de vacinas, para que possam reabrir após um ano de restrições da Covid que assolaram o continente.
A última rodada de dados da Eurofound foi coletada em fevereiro e março de 2021, com 46.800 entrevistados fornecendo suas ideais sobre o impacto do vírus, suas atitudes em relação às vacinas e programas de vacinação e o impacto das redes sociais na pandemia
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