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CASO DEUSIANE: Mãe da soldada morta em quartel da PM em Manaus pede federalização do caso

Morte misteriosa da jovem PM completou 9 anos
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(Foto: Divulgação)

Manaus (AM) – Antônia Assunção, mãe da policial militar Deusiane Pinheiro, cuja morte dentro de um batalhão da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) em Manaus, em 2015, permanece sem solução, compareceu à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados para pedir a federalização do processo. O crime, que completa 9 anos, ainda deixa a família sem respostas.

Deusiane foi encontrada morta com sinais evidentes de ter sido baleada dentro das dependências do Pelotão Ambiental, em Manaus, em 1º de abril de 2015. Segundo relatos de familiares, a jovem policial era alvo de perseguição por parte de outro agente, com quem mantinha uma relação conturbada. Em 2017, ele e outros quatro PMs foram denunciados pelo crime.

Na última quinta-feira (11), Antônia Assunção compartilhou seu clamor diante da comissão, solicitando que o caso seja encaminhado à Justiça Federal, uma vez que parece não avançar na esfera estadual.

“Luto por justiça há nove anos, minha filha fez nove anos que foi morta dentro do batalhão e eu peço a vocês que encaminhem esse processo para uma federalização, porque aqui no Amazonas não vai haver justiça”, disse aos deputados.

Além disso, a mãe de Deusiane solicitou ajuda da comissão para uma audiência com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

“Aqui, a justiça nunca chegou. Estou há nove anos dentro de casa, porque posso ser fuzilada. Minha família pode ser fuzilada. Peço que a senhora presidente da comissão olhe com carinho e me ajude nesta situação. Me ajude a conseguir essa audiência com o ministro”, explicou a mulher.

PM é interrogado na segunda-feira (22)

O interrogatório do Sargento da Polícia Militar Júlio Henrique da Silva Gama, agendado para esta segunda-feira (22) na Vara da Auditoria Militar em Manaus, marca um novo capítulo na busca por justiça no caso da morte da soldado Deusiane Pinheiro.

Júlio é o último dos réus a ser ouvido, segundo informações do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), e após seu depoimento, os réus serão julgados.

Além de Júlio, outros réus estão envolvidos no caso, incluindo o Cabo PM Elson dos Santos Brito, que inicialmente afirmou que Deusiane teria cometido suicídio, mas acabou denunciado pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM) como o autor do disparo que tirou a vida da soldada.

Os cabos Jairo Oliveira Gomes, Cosme Moura Souza e Narcízio Guimarães Neto também foram denunciados por falso testemunho.

O caso

O caso é marcado por um relacionamento conturbado entre um dos policiais e a vítima, como destacado na denúncia do Ministério Público. Segundo a promotoria, após reatar com uma ex-companheira, o policial desejou manter uma relação com a PM, o que gerou conflitos. Os relatos apontam até mesmo confusão entre Deusiane e a ex-companheira do policial.

No dia do crime, o PM apontado como autor e Deusiane estavam no piso superior da base “Peixe-Boi”. Outros quatro policiais estavam no piso inferior da embarcação e afirmaram ter ouvido barulhos e disparos de arma de fogo, encontrando a vítima ferida ao subir a escada.

Entretanto, contrariando a versão de suicídio apresentada pelo denunciado, o laudo de exame em armas e munições apontou que o armamento que vitimou Deusiane foi alterado.

A mãe de Deusiane segue em busca de justiça e espera que a federalização do caso possa trazer os esclarecimentos e a punição adequada aos responsáveis pela morte da filha.

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