MANAUS (AM) – Rubens Villar Coelho, conhecido como “Colômbia”, e principal suspeito de ordenar o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips no Vale do Javari, teve o pedido de soltura aprovado pela Justiça Federal do Amazonas nesta quinta-feira (6).
De acordo com a defesa, Colômbia deve passar por uma audiência de custódia no dia 24 de outubro para tratar da liberdade em um outro processo que apura a participação do suspeito em organização criminosa armada e crimes ambientais.
Colômbia também é suspeito de usar o esquema da pesca ilegal de pirarucu, tracajás e animais de caça para lavar dinheiro do narcotráfico.
A justiça revogou a prisão preventiva por reconhecer o direito do suspeito em responder pelo processo em liberdade. Foi concedida, então, a liberdade provisória submetida a medidas cautelares, como pagamento de fiança avaliada em R$ 15 mil, além de uso de tornozeleira eletrônica e proibição de moradia em Manaus.
O Ministério Público Federal recorreu da soltura ainda na quinta-feira (6). A procuradora da República Aline dos Santos afirmou que a liberdade “possibilitará que a associação criminosa que atua na região de Atalaia do Norte volte a agir com normalidade. O líder da associação estará livre para reorganizar o grupo. Há, dessa forma, alto risco de reiteração”.
RELEMBRE O CASO:
Bruno e Dom desapareceram durante uma expedição na Amazônia. Eles foram vistos pela última vez em 5 de junho, a caminho de Atalaia do Norte, no interior do Estado. Os restos mortais deles foram achados em 15 de junho. As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados. Segundo laudo de peritos da PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.
Apesar de negar participação nos crimes, Colômbia é apontado por indígenas como o mandante das mortes de Bruno e Dom.
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