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29 abril 2024

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Cid utilizou celular dos EUA para planejar golpe, diz PF

Em mensagens de aplicativos de celular, Mauro Cid faz menção ao ex-presidente Bolsonaro
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Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Brasil – A investigação da Polícia Federal (PF) sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 ganhou novos contornos com a revelação de que o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, utilizou um telefone registrado nos Estados Unidos para coordenar ações golpistas.

Em mensagens de aplicativos de celular, Mauro Cid faz menção ao ex-presidente Bolsonaro, dizendo: “Ele enxugou o decreto, né? Aqueles considerandos que o senhor viu e enxugou o decreto, fez um decreto muito mais resumido, né? E o que ele comentou de falar com o General Theóphilo? Na verdade, ele quer conversar”.

A descoberta veio à tona após a apreensão de uma minuta de decreto presidencial, encontrada em janeiro de 2023, no endereço do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, contendo instruções para um possível golpe de Estado. Essa ação deixou o círculo próximo de Bolsonaro em alerta, gerando intensa comunicação entre os investigados.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou que a apreensão desse documento confirmou o conhecimento dos investigados sobre sua existência e conteúdo. Uma operação subsequente, autorizada por Moraes, resultou em quatro prisões e 33 mandados de busca e apreensão contra políticos e militares suspeitos de planejar um golpe para manter Bolsonaro no poder.

Em um dos diálogos, o ex-assessor de assuntos internacionais na gestão de Bolsonaro, Filipe Martins, recebe de Mauro Cid um link com a notícia da apreensão do documento e, em seguida, questiona se a mensagem foi enviada por um número americano, confirmando Cid.

Além do uso do celular dos EUA, a conexão de Mauro Cid com o país vai além: seu pai, Mauro Lourena Cid, foi nomeado por Bolsonaro para comandar o escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami. Seu irmão, Daniel, residente na Califórnia, foi acusado de ajudar a propagar a ideia de fraude eleitoral no Brasil, usando um site pouco rastreável para distorcer informações sobre o sistema eleitoral brasileiro. A PF investiga transações financeiras da família Cid no exterior, onde Daniel possui um patrimônio milionário como programador de internet renomado.

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