Manaus (AM) – Rubens Villar Coelho, conhecido como “Colômbia” foi condenado pela Justiça Federal no Amazonas pelo crime de falsidade ideológica, nesta segunda-feira (14). A sentença foi proferida pelo juiz Fabiano Verli, da Vara de Tabatinga, e cabe apelação.
A informação repassada nos autos é de que o próprio Colômbia teria admitido participar da confecção de um documento ideologicamente falso e repassado a um funcionário público tentando se passar por brasileiro, utilizando o mesmo também na sede da Polícia Federal de Tabatinga.
Sobre a participação de Colômbia no Caso Dom e Bruno:
“Colômbia” foi detido em flagrante em julho deste ano por uso de documentos falsos na delegacia de Tabatinga, onde era ouvido sobre suposta participação nos homicídios e negou envolvimento no crime. Apesar de dizer que não participou dos crimes, uma das linhas de investigação da Polícia Federal é de que ele é suspeito de chefiar uma quadrilha de pesca ilegal em áreas indígenas no Vale do Javari, no Amazonas, e investigado por envolvimento com tráfico de drogas.
Outras condenações:
Em outubro de 2022, a Justiça Federal concedeu liberdade provisória a Colômbia, solto após pagar fiança de R$ 15 mil. No entanto, como responde a outro processo criminal, “Colômbia” seguiu para a prisão domiciliar, sendo obrigado a usar tornozeleira eletrônica.
A pena do condenado foi fixada em dois anos de reclusão e 90 dias-multa. Entretanto, o Código Penal determina que, como a pena aplicada foi menor que quatro anos e o crime não foi cometido com violência ou grave ameaça, houve substituição da pena privativa de liberdade em pena restritiva de direitos.
A determinação apontou que o réu deveria pagar R$ 15 mil, parceláveis em cinco vezes, e uma multa no valor de R$ 5 mil, também parcelável. Sendo que o pagamento deve ocorrer no dia 10 do segundo mês após o trânsito em julgado da sentença, ou seja, quando não houver mais como recorrer das decisões judiciais no curso da ação penal, e caso “Colômbia” não pague os valores, ele poderá ser preso por descumprimento.
Relembre o caso:
Bruno e Dom desapareceram em junho deste ano, quando faziam uma expedição para uma investigação na Amazônia. Eles foram vistos pela última vez passavam em uma embarcação pela comunidade de São Rafael. De lá, seguiam para Atalaia do Norte.
As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados e os restos mortais deles foram achados em 15 de junho. O laudo de peritos da PF aponta que Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça, e Dom foi baleado uma vez, no tórax.
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