Com a reabertura dos trabalhos presenciais no plenário Ruy Araújo, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta terça-feira (7), alguns parlamentares optaram por participar das sessões, ainda de forma virtual, por não se sentirem seguros em voltar ao plenário Ruy Araújo, por conta do novo coronavírus, por fazerem parte do grupo de risco ou moram com pessoas que estão nessa situação.
Entre os que participaram da sessão híbrida estão: os deputados Álvaro Campelo (PP), Belarmino Lins (PP), Serafim Corrêa (PSB), Sinésio Campos (PT) e Therezinha Ruiz (PSDB), que também votaram o requerimento de suspensão do recesso parlamentar, que ocorreria nesse mês de julho.
Sessões Híbridas
As sessões híbridas foram aprovadas pela Mesa Diretora, por meio do ato n.º 11, que também instituiu a participação de apenas um assessor parlamentar para o auxílio do deputado dentro do plenário.
Sobre a opção de continuar de forma virtual, o deputado Álvaro Campelo explicou que sua mãe é idosa e precisa ter cautela. “Eu me acautelei um pouco antes de voltar para essas sessões, porque aqui na minha residência está minha mãe, uma senhora de quase 80 anos, e como ela faz parte do grupo de risco, eu vou me acautelar um pouco ainda, antes de retornar aos trabalhos presenciais”, disse o parlamentar.
Já a deputada Therezinha Ruiz, disse que está com uma neta de quatro meses em sua casa, além de um dos filhos ter sido acometido da covid-19 e ter permanecido por trinta dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “Tenho em casa uma bebê de 4 meses,minha nora. Meu filho, o Nelsinho (Antônio Nelson Júnior) com um acompanhamento de profissionais de saúde, e eu que já pulei várias fogueiras”, disse a parlamentar, que também está inserida no grupo de risco, por conta da idade.
Outro deputado que decidiu acompanhar as sessões de form remota foi Serafim Corrêa por ser do grupo de risco, porque o parlamentar já está com 73 anos, conforme informou a assessoria de Serafim.
Sinésio Campos também ficou acompanhando a sessão de forma híbrida apontou uma fala de um epidemiologista da Fiocruz, que diz que o Amazonas vive uma “naturalização da desgraça”, ignorando a covid-19. “Eu quero que a Assembleia Legislativa volte não de forma híbrida, mas com a garantia da questão fitossanitária, desprovida de vírus, fungos e bactérias e abrir para população”, ressaltou.
Sinésio disse ainda que as sessões de forma virtual não causaram nenhum prejuízo ao andamento da Casa Legislativa e disse não entender a pressa de se fazer uma sessão híbrida, uma vez que o vírus continua fazendo vítimas em todo o Amazonas.
Acesso à Casa
Seguindo o protocolo de saúde a fim de evitar a proliferação da Covid-19 na Aleam, não está permitido a presença de público externo, nem na galeria e nem dentro da casa, inclusive equipes de profissionais da imprensa externa. As atividades administrativas do Casa Legislativa continuam de forma de teletrabalho.
Outra determinação do ato é quanto o uso de máscaras, aferição de temperatura de servidores que participam da sessão plenária ou de reuniões parlamentares, além da distribuição de álcool em gel.
Quanto aos servidores do grupo de risco, ainda não serão escalados para às sessões presenciais.
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