Foto: Sandro Pereira
A defesa do ex-delegado de Polícia Civil, Gustavo Sotero, condenado pela morte do advogado Wilson Justo na casa noturna Porão do Alemão em 2017, entrou com um pedido de prisão domiciliar nesta segunda-feira (20) junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
Segundo o advogado Renan Pacheco Canto, Sotero está com os sintomas do novo coronavírus (Covid-19) e precisa ter acompanhamento médico urgentemente. “Para preservar a sua própria integridade física, bem como, a dos demais custodiados, requer-se – de maneira urgente – a conversão da prisão cautelar em prisão domiciliar ante o gravíssimo risco de disseminação do coronavírus (COVID-19)”, disse a defesa.
A defesa também informou que Sotero seja monitorado por tonozeleira eletrônico durante o período da pandemia. Também foi ressaltado que o delegado é portado de diabete e hipertensão, levando em consideração o perigo do medicamento hidroxocloroquina. “Segundo o próprio Ministério da Saúde, é altamente perigoso em razão dos riscos de arritmia cardíaca, entre muitos outros”, explica
Exame
A defesa de Gustavo Sotero anexou no pedido de liberdade um exame realizado na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), em consulta realizada com o médico Dário Figueiredo Junior.
“Ele (Sotero) apresenta sintomas gripais sugestivos do covid-19. Paciente foi medicado, mas necessita de atendimento médico e auxiliar”, disse Dário no atestado médico.
Condenação
Gustavo Sotero foi condenado a 30 anos de prisão pela morte do advogado Wilson Justo Filho, fato que aconteceu em dezembro de 2017 na casa noturna Porão do Alemão. O ex-delegado efetuou diversos disparos à queima-roupa contra Wilson, que segundo testemunhas no local, estava assediando a esposa do advogado.
Wilson chegou a receber atendimento médico, mas ele não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. O julgamento de Sotero aconteceu em novembro de 2019, no Fórum Ministro Henoch Reis.
Confira o pedido de liberdade aqui.
Por João Paulo Castro