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Deputada bolsonarista Alê Silva se recusa a passar por inspeção e é retirada de avião pela PF por portar objeto proibido

A parlamentar ainda filmou a área de segurança do aeroporto de Confins, em MG, o que não é permitido, após ser retirada da aeronave
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A deputada federal bolsonarista Alê Silva (PSL-MG) foi retirada por agentes da Polícia Federal de uma aeronave comercial no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), nesta terça-feira (25).

Segundo a BH Airport, que administra o aeroporto, a PF foi acionada por funcionários após a parlamentar se recusar a abrir uma mala em que havia sido identificado, no raio X, um objeto proibido para o voo. Ela entrou na aeronave mesmo diante da desautorização dos funcionários, que precisavam fazer uma inspeção física em sua bagagem.

Os agentes da PF, então, retiraram Alê Silva do avião e a levaram para a área de inspeção, onde o objeto proibido foi encontrado e confiscado. Nem a polícia e nem a BH Airport informaram que objeto era esse, já a assessoria de imprensa da deputada informou em nota que se tratava de uma tesoura infantil que ela “desconhece como foi parar lá”.

Durante a inspeção, a parlamentar filmou a área restrita, o que é proibido. “Senhora, não pode filmar aqui. (…) Já que a senhora é deputada, existe uma legislação federal que o cidadão não pode filmar o raio-X. Estou explicando que a senhora está infringindo a lei filmando o canal de inspeção”, disse um funcionário.

Após ser retirada do avião e sua mala ser inspecionada, Alê Silva embarcou e seguiu viagem.

Em nota divulgada no seu site, a assessoria da deputada afirmou que ela se recusou a submeter sua mala à inspeção física porque uma funcionária teria dito que “mala de miliciana e genocida tem que ser revistada com cuidado”.

Confira, abaixo, a íntegra das notas divulgadas pela PF, BH Airport e por Alê Silva sobre o ocorrido.

Nota Polícia Federal

A Polícia Federal informa que, na manhã de hoje, 25/5/2021, foi acionada no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins/MG, para comparecimento em aeronave que voaria com destino a Brasília/DF.

O acionamento ocorreu em virtude de uma passageira ter negado que sua bagagem fosse submetida à inspeção. Após autorização do comandante da aeronave, de forma a não comprometer a programação de decolagem, a PF procedeu à fiscalização de rotina da referida bagagem, sendo encontrado objeto não permitido em voos. O objeto foi retirado da bagagem, e a passageira foi autorizada pelo comandante a seguir viagem.

Seguindo todos os protocolos de cuidados do Ministério da Saúde em face da pandemia do Covid-19, a Polícia Federal continua trabalhando.

Nota da BH Airport

A BH Airport, concessionária do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, informa que na manhã desta terça-feira, dia 25 de maio, durante o processo de inspeção dos pertences de mão de uma passageira, foi identificado um item proibido para ingresso em Área Restrita de Segurança e a bordo de aeronaves, sendo necessário o encaminhamento para a inspeção física da bagagem. A passageira não concordou com o processo, que é uma norma da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e se dirigiu para área de embarque do aeroporto, antes da finalização do procedimento de segurança e autorização para ingresso. Neste momento, a Polícia Federal foi acionada.

A passageira se encaminhou para a aeronave, mesmo sendo alertada pela companhia aérea de que não estava autorizada. Já no interior da aeronave, ela foi chamada pela Polícia Federal e conduzida novamente ao canal de inspeção, onde foi retirado o item proibido e a passageira foi liberada.

Nota de Alê Silva

Prezados!

A Deputada Federal Alê Silva estava na manhã de hoje, 25 de maio, no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, para voar com destino a Brasília.

No detector de metais, uma atendente que trabalha em uma empresa que presta serviço ao aeroporto disse que iria abrir a mala da deputada. A atendente disse que isso era uma “revista aleatória”.

A Deputada abriu a mala, sendo a atendente colocar a mão sobre a mesma e disse: “Mala de miliciana e genocida tem que ser revistada com cuidado”. A deputada após esses dizeres se calou, fechou a mala e foi em direção ao portão de embarque.

Após o embarque, a deputada realizou uma ligação para o seu chefe de gabinete, para que entrasse em contato, como de fato tentou, com a Delegacia da Polícia Federal do Aeroporto de Confins para dizer do ocorrido e também para falar que estava tudo bem com ela e que já estava dentro da aeronave, mas que não deixaria a atendente revistar a sua mala sem a presença de policiais. Porém, apesar das tentativas, a PF não atendeu ao telefone.

Neste meio tempo, dois policiais federais adentraram na aeronave e com muita truculência fizeram a deputada descer do avião e levar a mala até o local de revista.

Depois de revistada, foi encontrada uma tesoura cor de rosa infantil. No momento a Deputada achou que o artefato fosse de sua filha, mas depois de indagada a adolescente, essa disse que não, sendo que a Deputada então desconhece como que a tesoura foi parar lá.

Tendo em vista dos fatos, já estão sendo providenciadas as medidas cabíveis junto a ANAC (Agencia Nacional de Aviação Civil) que tem responsabilidade objetiva e solidária em relação à funcionária da empresa terceirizada. Ademais, a notificação oficial junto à empresa será também realizada sobre o fato ocorrido.

Ainda, uma ação será ajuizada na corregedoria da Polícia Federal, tendo em vista que foi tentado contato via telefone no aeroporto com a negativa de atendimento e resposta. Destaca-se também o modo de abordagem, que foi mediante truculência e abuso de poder, por parte dos policiais ao constranger a deputada.

Por Revista Fórum

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