O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD), teve seu pedido de Habeas Corpus negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em processo referente à divulgação e ao vazamento de documentos sigilosos do colegiado. A informação foi divulgada pelo ex-prefeito de Manaus Arthur Neto (PSDB).
De acordo com Arthur, o senador estaria com medo de ser preso por acusação de ter distribuído documentos sigilosos da CPI da Pandemia para uma emissora de televisão.
“Está claro que ele cometeu um crime. Aliás, é uma vida permeada pelo cometimento de crimes. Foi esse o papel que ele foi fazer na CPI: prender um sargento da reserva, se acovardar diante de um general da ativa e distribuir documentos sigilosos para fazer mídia, fazer política”, completou.
Omar Aziz
O senador Omar Aziz (PSD) negou que tenha pedido um Habeas Corpus (HC) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não ser preso pelo vazamento de informações sigilosas em posse da CPI.
De acordo com a assessoria do senador, a informação de Arthur Neto é mentira. “Não procede. O senador já acionou a Polícia Federal e a Justiça contra a propagação de fake news”.
Disputa eleitoral
Nos bastidores especula-se que o ex-prefeito de Manaus esteja trabalhando para disputar as prévias que vai decidir o candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) à Presidência da República nas eleições de 2022. O ex-prefeito de Manaus busca aprimorar sua imagem em relação aos concorrentes.
Atualmente, o partido tucano cogita os nomes do governador de São Paulo João Doria, o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite e o senador Tasso Jereissati (CE). Por não exercer nenhum mandato, o ex-prefeito de Manaus busca aprimorar sua imagem em relação aos concorrentes.
Caso Arthur perca as prévias do PSDB, as chances dele disputar a única vaga do Amazonas no Senado Federal é bem grande. Portanto, disputaria diretamente com o senador e presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD).
Por fim, é importante reforçar que Arthur Neto e Omar Aziz já se apresentaram publicamente como aliados. Em 2016, Omar apoiou Arthur durante as eleições municipais e dois anos depois, foi a vez de Arthur apoiar a candidatura de Omar ao governo do Amazonas.
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