(Foto: Reprodução / Band Amazonas)
O debate entre os candidatos à Prefeitura de Manaus começou com os prefeituráveis adotando diferentes estratégias.
Iniciado pelo bolsonarista Alberto Neto, o debatedor escolhido foi o petista José Ricardo. Ligando o candidato à questão partidária, lembrou dos problemas de corrupção que derrubaram o governo de Dilma Roussef e condenaram o ex-presidente Lula à cadeia. Por outro lado, José Ricardo defendeu os ex-presidentes relembrando de ações como o programa “Minha Casa, Minha Vida” e da prorrogação da Zona Franca de Manaus.
Em contra-ataque, questionou Alberto Neto por defender o governo de Jair Bolsonaro, a quem acusou de retirar verbas de programas sociais.
Em seguida, o petista chamou David Almeida para o debate. Almeida lembrou dos quatro meses em que atuou como governador do Amazonas e declarou que “fez muito mais do que governadores em mandatos inteiros”. Relembrou do abono pago aos profissionais da educação e das promoções aos policiais militares.
O candidato seguinte a debater com Almeida foi Romero Reis, que prometeu em seis meses acabar com o excesso de servidores comissionados no município. Defensor de uma gestão enxuta, convidou Alfredo Nascimento para o debate seguinte. Questionou de Alfredo, ex-prefeito e ex-ministro dos transportes sobre a importância da BR-319 para a capital do Amazonas.
Em sua defesa, Nascimento disse que dos mais de 800 quilômetros da rodovia, foi responsável por fazer aproximadamente 400 deles, com exceção do chamado “trecho do meio”, alvo de constantes imbróglios judiciais.
O escolhido de Alfredo Nascimento para a conversa foi Marcelo Amil. O advogado se mostrou estrategista e, ao ser questionado sobre seus planos para a saúde em Manaus, devolveu a pergunta para Alfredo, questionando se ele se referia “à Ponta Negra ou ao Jorge Teixeira”. O artifício se mostrou eficaz. Ao responder seguidos questionamentos devolvidos por Amil, Alfredo Nascimento esgotou seu tempo de fala, permitindo que Amil ficasse com mais de um minuto para discursar livremente.
A mesma estratégia foi adotada por Amil com eu debatedor escolhido, o candidato Coronel Menezes. Ao contar sobre sua história de vida e até mesmo questionar o porquê de Amil “se esquivar” das suas perguntas, Menezes também esgotou o tempo destinado a si, permitindo que Marcelo Amil falasse, novamente, por quase um minuto sem interrupções.
O candidato seguinte foi Ricardo Nicolau, que, de cara, foi questionado sobre seu patrimônio. Parte da família que controla um dos principais grupos médicos de Manaus, Nicolau respondeu que nunca fez fortuna por meio da vida política, sendo este o motivo de ter poucos bens em seu nome como pessoa física.
Por fim, Ricardo Nicolau e Capitão Alberto Neto encerraram o bloco com o candidato militar ressaltando que, por ter passado pela Câmara Federal, conheceria melhor os trâmites para trazer mais recursos para a saúde manauara, cuja situação chamou de “vergonhosa” por ser, segundo ele, a capital que menos recebe recursos do Governo Federal para esta área.
O candidato Amazonino Mendes não esteve presente. Por meio de nota ele afirmou que, como postura da coligação, adota a participação à distância, por vídeo-conferência ou com pronunciamentos gravados por conta da pandemia da Covid-19.
Raphael Sampaio
