Brasil – O empresário e blogueiro Alex Mendes Braga foi condenado pela Justiça do Amazonas a pagar R$ 50 mil em indenização ao governador Wilson Lima (União Brasil) por publicar matérias falsas e difamatórias. A decisão foi proferida pelo juiz George Hamilton Lins Barroso, da 22ª Vara Cível de Manaus, na última quarta-feira (1º).
Além da multa, a Justiça determinou a retirada definitiva do conteúdo do ar, sob pena de multa diária de R$ 5 mil caso a ordem seja descumprida. O juiz também confirmou decisão liminar de novembro de 2024 que já havia exigido a remoção imediata das publicações.
Segundo a sentença, o blog de Alex Braga passou a publicar, entre junho e setembro de 2024, uma série de conteúdos com “caráter sensacionalista e pejorativo”, que ultrapassaram o direito à liberdade de imprensa e configuraram uma “campanha sistemática de difamação” contra o governador. A partir de julho, o volume de matérias negativas aumentou em 74%, conforme destacou o magistrado.
Para o juiz, as publicações violaram os direitos da personalidade de Wilson Lima e representaram abuso da atividade jornalística. Ele destacou que a reparação por danos morais é devida mesmo quando não há censura prévia envolvida.
Réu também é acusado de crimes sexuais
A decisão judicial vem à tona menos de um ano após Alex Braga ter sido preso por acusações graves. Em novembro de 2024, ele foi detido por estupro, coerção para aborto, violência psicológica, ameaça e perseguição contra uma parente de sua ex-esposa. Segundo a denúncia, o empresário teria abusado sexualmente da vítima dentro de sua própria casa e a forçado a tomar medicamentos abortivos após engravidar.
A vítima relatou que Braga a ameaçou com uma arma e tentou silenciá-la com uma oferta de R$ 50 mil. Apesar de um boletim de ocorrência ter sido registrado na época do crime, a denúncia formal foi feita meses depois. O empresário chegou a ser solto dias após a prisão.
Defesa contesta decisão
Em nota, Alex Braga afirmou que suas publicações sobre o governo do Amazonas estão “baseadas em provas” e que já recorreu da sentença. Segundo ele, a decisão já está sendo cumprida enquanto o processo segue em tramitação.
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