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Empresário e diretoras de UPA são presos na ‘Operação Jogo Marcado’

Esquema movimentou cerca de R$ 1,9 milhão
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(Foto: Divulgação)

Manaus (AM) – A Operação Jogo Marcado, deflagrada na manhã desta quarta-feira (3) em Manaus e em Curitiba (PR), resultou na prisão de três pessoas. Segundo a polícia, entre os presos esão a diretora-geral da UPA José Rodrigues, identificada como Lara Luiza Farias Castro Fernandes, a diretora financeira da unidade, Giovana Antonieta e o empresário Edmilson Sobreira.

De acordo com informações repassadas pelo promotor Aquino Medeiros, em uma coletiva de imprensa, os presos são suspeitos de fazerem parte de uma quadrilha que falsificava processo licitatório com o objetivo de beneficiar seis empresas pertentes à família de Edmilson.

Segundo ele, as investigações tiveram início após uma grande e suspeita quantidade de contratos com as empresas chegar ao conhecimento das autoridades. A operação aponta Edmilson como o líder do esquema que movimentou cerca de R$ 1,9 milhão, de 2023 até 2024.

Confira a coletiva na íntegra

“São serviços de assessoria jurídica, serviço de assessoria de pintura, de manutenção de autoclave, de limpeza, de pavimentação, de assesorria contábil. São diversos tipos de serviços dos mais variados possíveis, arrendidos pelo mesmo grupo”.

Ainda segundo o promotor, os contratos eram feitos diretamente com a UPA, assim facilitando o esquema da quadrilha. “Esse tipo de contratação direta é um tipo de contratação prevista em lei, todavia, aparentemente, havia ali uma simulação de concorrência de preço, também não cumpria a regra do valor mínimo para que houvesse esse tipo de preço, também não cumpria a regra do valor mínimo para que houvesse esse tipo de contratação.”

“Os valores das contratações, eles guardavam sempre um valor que permitisse fazer essa contratação direta. Então, os serviços, por exemplo, de pintura, que tivesse que ser feito no muro, fachada e em ambientes internos, eles eram compartimentados para que pudesse se encaixar num valor menor”, explicou.

O MPAM afirma que é impossível fazer contrato do tipo sem a participação e o conhecimento de servidores públicos, que, no caso, tratam-se das diretoras da UPA. O promotor acredita que estas empresas também podem estar prestando serviços a outras unidades de saúde.

Junto aos três mandados de prisão temporária, a operação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão, busca pessoal, predial e outros tipos. Todas as apreensões serão periciadas pela polícia.

“As investigações apontam que havia sim uma relação entre o empresário e o servidor público alvo da nossa operação. Então, havia aí uma relação que indica a possibilidade de estarmos diante aí de uma corrupção ativa e passiva,  dispensa irregular de licitação, fraude ao caráter competitivo de licitação e, evidentemente, quando você tem mais de quatro pessoas organizadas para cometer crimes, você também implica na organização criminosa que é um crime autônomo, previsto”, concluiu o promotor.

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