Brasil – Uma mudança realizada no atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode deixar o preço da geladeira mais barata ao custo de ao menos R$ 5 mil. A preocupação foi expressada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), que representa o setor em todo o país.
As geladeiras mais baratas custarão entre quatro e seis salários mínimos, ou seja, o preço será de pelo menos R$ 5.280, destaca a Associação.
A mudança, segundo a Eletros, vai se dar por resolução do Ministério de Minas e Energia sobre a eficiência energética. Conforme a nova norma, alguns produtos já devem obedecer a resolução a partir do dia 31 de dezembro.
Nesta primeira etapa, só poderão ser fabricados e importados refrigeradores que tenham um índice máximo de 85,5% do consumo padrão de energia. As fabricantes e importadoras ainda poderão vender os produtos que já haviam sido produzidos e importados antes desse prazo-limite até o final de 2024.
No prazo de um ano, as empresas de varejo e atacadistas não poderão mais vender modelos com índice de eficiência energética acima do patamar.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, até 2030, com o novo padrão, deixarão de ser emitidos 5,7 milhões de toneladas de gás carbônico no meio ambiente.
Medida desagrada setor
A medida não foi muito bem-recebida pela Eletros e na visão de Jorge Nascimento, presidente-executivo da entidade, a mudança vai elitizar o setor e excluir do mercado geladeiras mais baratas e acessíveis para a população de menor renda. Ainda segundo Nascimento, o ministério ignorou a manifestação da indústria sobre o tema feita durante reuniões com a pasta.
“A gente encara essa decisão como muito prejudicial. As classes C, D e E da população já responderam por 36% do nosso mercado há cinco anos. Hoje elas são somente 11%. E vai diminuir ainda mais”, afirma.
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