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Ernesto Araújo decide pedir demissão do ministério da Relações Exteriores

Ernesto Araújo decidiu pedir demissão do cargo. A informação foi repassada pelo próprio chanceler a seus subordinados
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Ernesto Araújo decide pedir demissão do ministério da Relações Exteriores
Ernesto Araújo decide pedir demissão do ministério da Relações Exteriores

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, decidiu pedir demissão do cargo. A informação foi repassada pelo próprio chanceler a seus subordinados. Segundo pessoas próximas, Araújo vai apresentar ao presidente Jair Bolsonaro formalmente ainda hoje o pedido de sua exoneração.

O ministro vinha sendo pressionado pelo Congresso. Na semana passada, o presidente da Câmara, Artur Lira, e do Senado,  Rodrigo Pacheco, pressionaram o presidente Jair Boldonaro a demitir o chanceler.  Lira chegou a  dizer que Araújo perdeu a capacidade de dialogar com países.

Denúncia a Kátia Abreu

O evento ocorre logo após a recentes denúncias ocorridas neste domingo (28) a respeito do lobby pelo 5G chinês no Brasil, feito por políticos da oposição e do Centrão.

Em uma publicação em seu perfil no Twitter o ministro revelou que no dia 4 de março recebeu a senadora Kátia Abreu para um almoço no Ministério das Relações Exteriores, e que em uma conversa cortês “pouco ou nada falou de vacinas.”

No entanto, ao “final, à mesa, Kátia disse: “Ministro, se o senhor fizer um gesto em relação ao 5G, será o rei do Senado.”

“Não fiz gesto algum.”, afirmou o ministro. “Desconsiderei a sugestão inclusive porque o tema 5G depende do Ministério das Comunicações e do próprio Presidente da República, a quem compete a decisão última na matéria”, completou.

A declaração veio depois de ataques de políticos, bem como os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, que defenderam abertamente a saída de Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Os argumentos inicialmente usados eram de que o chanceler brasileiro não obteve sucesso nas negociações de vacinas para o país.

A senadora citada por Ernesto na publicação, Kátia Abreu (PP), é a atual presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) no Senado, e no dia 12/02, antes mesmo de ser eleita para o cargo, já havia declarado em entrevista seu incômodo com a discordância ideológica do chanceler brasileiro com a China.

A perseguição contra Araújo ficou mais evidente e ganhou mais aliados desde a audiência do dia 24, quando o ministro se reuniu com os senadores para prestar informações sobre as vacinas e o trabalho do MRE.

De acordo com o portal de notícias UOL, atacando o ministro Ernesto ao chama-lo de “marginal”, Kátia admitiu a defesa não só do 5G chinês, mas também de toda parceria comercial, a qual, segundo ela, “salva” o Brasil há anos.

Com informações via O Globo
Foto: Divulgação

Leia também: Ernesto Araújo denuncia lobby do Centrão pelo 5G chinês e sofre repulsa de senadores

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