Manaus (AM) – O humorista Léo Lins volta a Manaus com o novo show intitulado “Peste Branca”, com data marcada para o dia 18 de março. O espetáculo está confirmado para ocorrer no Centro de Convenções Studio 5, localizado na avenida Rodrigo Otávio, no Distrito Industrial I, zona Sul da capital amazonense.
Os ingressos vão de R$ 60 a R$ 160 e podem ser adquiridos no site https://shopingressos.com.br/comprar/1105/LEO_LINS_-_PESTE_BRANCA__ESTREIA_NACIONAL. Fazendo jus à fama de “rei do humor ácido”, a classificação indicativa para este show do Léo Lins é acima de 16 anos.
Os interessados podem obter mais informações entrando em contato com o produtor do evento, Ricardo Kussuda, por meio do número (92) 98232-1725.
Léo Lins, além de comediante, é escritor, roteirista e ator. A última vez que esteve em Manaus foi para realizar o show “Perturbador”, no ano de 2021.
Em uma entrevista ao Portal Tucumã, o carioca falou sobre desde o limite do humor, a saída do ‘The Noite’ e ainda sobre as expectativas para mais uma visita a capital amazonense.
Confira a entrevista com Léo Lins
Qual a inspiração para criar o “Peste Branca“?
“A sociedade em que vivemos. Sem dúvidas é meu show mais crítico e hoje percebo com clareza que: humor ácido incomoda, porque corrói a camada de falsidade que protege a hipocrisia.”
Qual o melhor momento da sua carreira?
“O atual. Estou prestes a estrear meu quarto show solo de stand-up. Além de outros projetos prontos para este ano.”
Qual a maior polêmica da sua carreira? E como você lida com elas?
“Polêmicas da minha carreira?! Tem certeza que teremos espaço suficiente no jornal?
Vivemos em uma sociedade tão as avessas que atitudes básicas se tornam virtudes a serem sinalizadas, homens seguram cartazes: ‘Eu respeito as mulheres’. Puxa, que bom! Basta então a mulher não sair com um que segura um cartaz “eu sou toxico e agressivo”. O problema é que esse aí também segura o cartaz ‘eu respeito as mulheres’.
Absolutamente TODAS as minhas polêmicas foram por piadas contadas num palco de humor. Se isso for polêmico, vou continuar polemizando.”
Analisando a situação agora, como foi sua saída do The Noite?
“Existe uma frase que diz: ‘experiência não é o que te acontece, é o que você faz com o que te acontece’. Não adianta se lamentar sobre o que já aconteceu, o ideal é extrair o melhor dessa situação.
Por um lado, eu já havia feito de tudo no programa, desde figuração a entrevista. Foram 11 anos.
A verdade é que eu jamais sairia do programa sem outro projeto mais concreto. Porém, nada de concreto iria acontecer enquanto eu estivesse no programa.
Então agora o universo me deu/obrigou a oportunidade de me dedicar a outros projetos. (Obs: depois do surgimento de ex BBBs a palavra projeto foi desvalorizada). Vou me dedicar a outros planos.”
Quais suas inspirações no mundo do stand-up?
“Inspiração é uma palavra muito forte. Inspiração eu tenho na minha família, em valores cristãos, em um ou outro amigo.
No stand-up ja tenho 17 anos de carreira, essa “inspiração” acontece mais no começo. Mas há colegas comediantes que admiro muito, entre eles, Danilo Gentili, Murilo Couto e Diogo Portugal. E no exterior admiro também o trabalho do Bill Burr, Dave Chapelle, Chris Rock e Rick Gervais.”
Existe um limite para o humor?
“Não. Humor não tem limite, o ambiente sim.
Um clube judaico me contrata e pede que não faça nenhuma piada envolvendo judeus. Eu estou entrando no ambiente deles, preciso respeitar as regras estabelecidas.
O mesmo vale para um programa de TV e de rádio. Mas parece que hoje em dia querem proibir soco em ringue de boxe.”
Qual seu recado aos manauaras que estão ansiosos para ir te ver?
“Pessoal de Manaus, to ansioso para chegar aí e comer um tambaqui, tapioca com tucumã, ir nos flutuantes. Sempre fui muito bem recebido na cidade!
Quero lembrar duas coisas MUITO IMPORTANTES: lírio do vale, não é ponta negra e dia 18 de março tem a estreia do meu novo show no Studio 5, espero vocês lá!”
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