A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nota nesta quinta-feira (2) dizendo que reafirma apoio ao manifesto que pede harmonia entre os poderes e que respeita posição do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal de se posicionarem “contrariamente à assinatura” do documento.
Além da Febraban, a carta contava com a assinatura de cerca de 200 entidades de classe – entre elas a Associação Brasileira de Agronegócio (Abag), o Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), a Fecomercio e a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). A divulgação estava para a terça-feira (31) e faria críticas à crise institucional entre os poderes Executivo e Judiciário.
Fiesp manda mensagem a entidades prorrogando adesão a manifesto sobre pacificação institucional
Como noticiou o blog do Valdo Cruz, o manifesto “A Praça é dos Três Poderes” foi mal recebido no Palácio do Planalto, pois trazia recados claros na direção do presidente Jair Bolsonaro. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, sugeriu, inclusive, que os bancos deixassem a entidade se o manifesto fosse divulgado com a assinatura da federação.
Na segunda-feira (30), a Febraban havia dito que não participou da elaboração de texto que “contivesse ataques ao governo ou oposição à atual política econômica”. Na nota desta quinta, a entidade diz que aprovou a versão apresentada “dentro de um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no país”.
“A Febraban confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou, já de amplo conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade, elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa”, diz a nota.
A Febraban diz ainda que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) não consultou as demais entidades que assinaram o manifesto antes de suspender sua publicação. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, avisou a ministros do governo Bolsonaro que faria o adiamento. O motivo da suspensão foi, justamente, a reação do próprio governo.
“Diante disso, a Febraban avalia que, no seu âmbito, o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da Fiesp, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto”, afirma o texto.
A Fiesp afirma que “dezenas de outras entidades” manifestaram interesse em assinar e, por isso, as adesões continuarão ao longo desta semana.
Com informações do G1. Globo