A manifestação contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizada neste domingo (12), na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu nomes como os ex-candidatos à presidência em 2018 Ciro Gomes (PDT) e João Amoêdo (Novo), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB)
Ciro Gomes
Durante o ato, Ciro Gomes foi o primeiro a ter a palavra e afirmou que “a união no evento se deu pela preocupação do povo em parar a ameaça da morte da democracia”. O pedetista citou o aumento do desemprego e as mortes causadas pela Covid-19 como motivos para a necessidade de manifestações em defesa dos brasileiros.
“É claro que temos olhares diferentes sobre o futuro do Brasil, mas o que nos reúne, e é o que deve reunir toda a nação civicamente sadia, é a ameaça da morte da democracia e do poder da nação brasileira. O povo brasileiro está levantando a mais poderosa das espadas, que é a espada da união contra a ditadura”, afirmou.
João Doria
O governador Doria optou por falar mais das questões econômicas no país. Para ele, é difícil que o Brasil volte a ter um “nível aceitável de investimentos” com Bolsonaro no poder.
“Se o Bolsonaro não sofrer o impeachment, ele irá ser derrotado nas eleições de 2022”, afirmou.
Mandetta
O ex-ministro Mandetta, por sua vez, adotou um discurso já conhecido e mais voltado ao combate à pandemia da Covid-19. Ele citou uma passagem em que diz ter alertado o presidente sobre a doença e afirmou que Bolsonaro teria respondido que “só vai morrer quem tem que morrer”.
João Amoêdo
Em um discurso de quase cinco minutos, Amoêdo, do Novo, afirmou que “quer as cores do Brasil de volta, que são as cores do Brasil, e não do Bolsonaro”. Segundo o ex-candidato à presidência pelo partido Novo, “é importante estar em um evento com pessoas que pensam diferente uma das outras”.
“É esse o Brasil que a gente quer viver e deixar para nossos filhos e netos, é isso que está em jogo, um Brasil onde cada um pode dizer sua opinião, um país sem corrupção, sem rachadinha”, afirmou.
Segundo um levantamento do Centro de Operações da Polícia Militar de São Paulo (Copom), aproximadamente 6 mil pessoas participaram da manifestação na Paulista até o meio da tarde.
Com informações da CNN Brasil
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