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Indígenas Huni Kuin garantem sustento com produção de máscaras em tempos de pandemia

Além disso, a produção das máscaras foi um método que o povo Huni Kuin encontrou para preservar sua cultura em meio a pandemia.
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huni kuin

Manaus – A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) atingiu grande parte dos povos indígenas do Brasil, principalmente na Região Amazônica. Entretanto, o povo Huni Kuin, habitantes do Acre, encontraram uma forma de driblar a crise causada pela pandemia e ganhar uma renda através do empreendedorismo.

Um grupo de mulheres indígenas resolveu fabricar as próprias máscaras para se proteger da Covid-19 e também ajudar na economia local. Pelo menos 20 índias que moram na Aldeia Mibãya, na Terra Indígena da Praia do Carapanã, que fica a três horas do município de Tarauacá, no Acre, pelo rio de mesmo nome, que produzem as máscaras.

O lugar abriga cinco aldeias e tem aproximadamente 5 mil povos indígenas. Uma das idealizadoras do projeto, Maria do Socorro Hunikuin, contou ao G1 Acre que no início a ideia era fabricar as máscaras apenas para proteção da comunidade.

“A gente está fabricando desde que a pandemia começou. Como a máscara que a gente compra é um pouco cara, nem todo mundo tem dinheiro, então, a gente resolveu fazer a nossa própria máscara”, comentou.

Fabricação

A fabricação das máscaras é totalmente artesanal. As índias Huni Kuin ficam de dois a três dias tecendo o material até que toda a arte ganhe forma.

“Usamos linha de algodão e os desenhos são feitos por nós mesmas. Demora porque é um trabalho de tecelagem à mão, é muito cuidado, um trabalho minucioso”, afirma.

Elas compram linhas coloridas e linhas artificiais em lojas que ficam na região, mas quando esse item está em falta, as índias conseguem tingir linha com urucum e açafrão. Cada máscara é vendida por R$ 50 e que após serem fabricadas na aldeia eles levam para a cidade e enviam pelo Correio.

Máscaras são vendidas a R$50 e demoram de dois a três dias para serem feitas — Foto:  Maria do Socorro Hunikuin/Rede Amazônica Acre
Foto: Divulgação

As índias justificam o preço pelo trabalho que dá para fazer a confecção. em a linha que a gente usa que é um pouco cara, custa R$18, R$19 e para fazer demora, porque tem todo o processo de tecer, fazer o desenho e costurar. Já enviamos várias para alguns estados, um deles é o Rio de Janeiro, temos uma parceira lá que ajuda a gente a divulgar. A última vez enviamos 32 máscaras”, comentou.

Com informações do G1 Acre
Foto: Arquivo pessoal

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