Manaus – Desde o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil as internações de jovens em Unidades de Terapia Intensivas (UTIs) são maioria pela primeira vez. A informação foi divulgada pelo Jornal da Band neste sábado (10).
Segundo a Associação de Medicina Intensiva Brasileira, em março deste ano, mais da metade dos pacientes com Covid-19 no país tinham até 40 anos.
No Hospital de Clínicas de Porto Alegre, por exemplo, a média de idade de pacientes em leitos críticos caiu de 60 para 50 anos. Segundo a coordenadora de enfrentamento à Covid do HCPA, Beatriz Schaam, essa mudança se deve ao comportamento social e também às novas variantes.
Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia mostram que 30 a 40% dos pacientes internados nas unidades de terapia intensiva passam a ter funcionamento dos rins comprometidos e precisam fazer diálise, a filtragem do sangue por uma máquina. Especialistas explicam que pacientes jovens resistem mais tempo à UTI, mas, como consequência, têm as funções renais atingidas de forma severa.
“Eles podem, muitas vezes, receber alta e ir para a enfermaria, mas ainda assim precisar de diálise duas vezes por semana. Alguns recuperam nas semanas seguintes, mas outros ficam dependentes de diálise por mais tempo”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia do Rio Grande do Sul, Dirceu Reais da Silva.
No Rio Grande do Sul, a taxa de ocupação de UTI chegou a 110% em março e agora está em 94%, o que ainda é considerado crítico. Ainda assim, o governo flexibilizou as restrições às atividades para evitar ainda mais prejuízos à economia.
Com informações do Jornal da Band
Foto: Silvio Ávila/AFP