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A Justiça Federal condenou o médico Mouhamd Moustafa e mais cinco pessoas a prisão por desviarem R$ 1,3 milhão da saúde do Amazonas.
A decisão foi assinada na última terça-feira (05) pela juíza Ana Paula Serizawa, referente ao contrato entre o Instituto Novos Caminhos (INC) com a empresa Salvare, possivelmente, seria para instalação de software no Centro de Reabilitação em Dependência Química (CRDQ), localizado na zona rural de Manaus.
Esse contrato nunca foi cumprido, porém, 17 transferências de recursos federais da saúde mostra os desvios aconteceram entre novembro de 2014 e maio de 2016.
O esquema tinha o objetivo de enriquecer Mouhamad, sócio da empresa Salvare e do INC, apontado como líder da organização criminosa que culminou na operação ‘Maus Caminhos’, deflagrada pela Polícia Federal.
Prisões
Além de Mouhamad, a presidente da INC na época, Jennifer Naiara, foi condenada a dois anos quatro meses e 10 dias em regime fechado, e terá que pagar uma multa de quase R$ 44 mil.
A advogada Priscila Coutinho, apontada como diretora financeira da Salvare, foi condenada a oito anos e nove meses de prisão em regime fechado e deve pagar multa de aproximadamente R$ 199,2 mil.
O médico Pablo Gnutzmann foi condenado a quatro anos e oito meses de prisão, também em regime fechado e deve pagar uma multa de aproximadamente R$ 37 mil.
Paulo César de Souza foi condenado a três anos de prisão em regime aberto e multa de R$ 15 mil. Encerrando, Rossycleia da Silva a três anos, um mês e 15 dias de prisão em regime aberto e deve pagar uma multa no valor de R$ 16 mil.
Mouhamad, Priscila, Jennifer e Pablo também devem devolver R$ 1,3 milhão aos cofres públicos, dinheiro desviado da Saúde do Amazonas.
Operação ‘Maus Caminhos’
Deflagrada em 2016, a operação ‘Maus Caminhos’ investiga um desvio milionário nos cofres da saúde do Estado do Amazonas. O médico Mouhamad Moustafa é apontado pela Polícia Federal (PF) como líder e principal suspeito das ações ilícitas.
Segundo a PF, o esquema desviou R$ 104.859.301, 65 dos cofres públicos, gerando um rombo milionário no orçamento do Estado.
Além de Mouhamad, Amin, Murad, Mansur e Nejmi Aziz, ligados ao senador Omar Aziz (PSD), também são investigados na operação junto com o ex-governador José Melo (Sem Partido).
Por João Paulo Castro
