Brasil– O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após assumir a presidência do Mercosul nesta terça-feira (4), voltou a defender o diálogo sobre a Venezuela no Mercosul, e disse falou que não pode “isolar” o país. A nação faz parte do bloco, mas desde o ano de 2017 está suspensa da cúpula.
Na reunião de cúpula do bloco, Lula disse que “problemas de democracia” tem que ser enfrentados. Ele também fez uma referência a Nicarágua, que tem perseguido bispos da igreja católica.
“Com relação à questão da Venezuela, gente, todos os problemas que a gente tiver de democracia, a gente não se esconde deles, a gente enfrenta eles. Não conheço pormenores do problema com a candidata da Venezuela, pretendo conhecer”, afirmou Lula na reunião de hoje.
As falas foram feitas em declarações a imprensa logo após o país assumir a presidência do bloco por 6 meses, substituindo a Argentina. Além de Brasil e Argentina ainda são ativos no bloco, Paraguai e Uruguai. A reunião da cúpula ocorreu em Puerto Iguazú na Argentina.
Sempre com o tom conciliador, o presidente Lula afirmou: “Eu assumi o compromisso com o Papa Francisco de falar com o [presidente da Nicarágua] Daniel Ortega, na próxima semana, para falar da disputa com os setores da igreja. O que não pode é a gente isolar e a gente levar em conta que os defeitos estão em apenas um lado, os defeitos são múltiplos”.
Lula ainda falou que quer colher as principais divergências do grupo para poder alinha-las, enquanto presidente do bloco. Sem citar nenhum nome, Lula falou sobre a importância da manutenção da união entre os países membros.
“Nós formamos um bloco, juntos somamos mais gente, juntos temos mais capilaridade de negociar com quem que a gente queira”, disse. “É importante que a gente tenha clareza da importância da unidade.”
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