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02 maio 2024

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Lula exalta eleição e ataca oposição na Venezuela

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se disse, ontem, "feliz" com o anúncio de eleições na Venezuela, marcadas para 28 de julho
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(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Brasil — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se disse, ontem, “feliz” com o anúncio de eleições na Venezuela, marcadas para 28 de julho, data do aniversário do ex-presidente Hugo Chávez. Em mais uma defesa do governo de Nicolás Maduro, criticou a oposição do país vizinho, que, de acordo com ele, deveria indicar outro candidato — em referência a Maria Corina Machado, declarada inelegível pela Suprema Corte venezuelana — para disputar o pleito “ao invés de ficar chorando”.

“Sabem o que fiquei feliz? Que foram marcadas as eleições na Venezuela”, afirmou com jornalistas, no Palácio do Planalto, ao receber o presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez. E acrescentou:

“Neste país, fui impedido de concorrer às eleições de 2018. Ao invés de ficar chorando, indiquei um outro candidato (o hoje ministro da Fazenda, Fernando Haddad) que disputou as eleições. Na Venezuela, estão marcadas as eleições para 28 de julho. Agora, a pergunta é se a eleição vai ser honesta ou não. Espero que as eleições sejam as mais democráticas possíveis”, frisou. Questionado se considera que o pleito será justo, Lula declarou que o presidente venezuelano prometeu convidar observadores internacionais para acompanhar o processo.

Ao novamente defender Maduro, que tenta se reeleger pela terceira vez — a primeira reeleição, em 2018, foi considerada fraudulenta e o resultado deixou de ser reconhecido pela oposição —, Lula não poupou críticas à oposição venezuelana. E comparou os adversários do presidente do país vizinho aos aliados de Jair Bolsonaro, que questionam as urnas eletrônicas e o resultado da corrida para presidente ocorrida no ano de 2022.

“Se o candidato da oposição tiver o mesmo comportamento que o nosso aqui, nada vale”, disse. Segundo Lula, Maduro precisa ter a “presunção de inocência” e salientou que não se pode lançar dúvida sobre as eleições venezuelanas antes que aconteçam.

“Espero que sejam as mais democráticas possíveis”, disse, acrescentando que confia que o país fará um evento “justo” para retomar a participação no cenário internacional.

Ao lado de Sanchéz, Lula aproveitou para atacar Bolsonaro — interrompeu uma pergunta para se dirigir diretamente ao colega espanhol. “Há dois anos, o presidente teve a insensatez, a falta de pudor, a falta de vergonha, de convocar os embaixadores. Embaixadores do mundo inteiro estiveram reunidos para (ele) insinuar que as eleições no Brasil não eram honestas, que (ele) iria ser roubado”, afirmou.

Sánchez, por sua vez, declarou apenas que a Espanha defende, há anos, que haja eleições na Venezuela. “Celebramos que tenham sido convocadas as eleições presidenciais e esperamos que se celebrem com as garantias democráticas que os venezuelanos precisam”, disse.

A realização de eleições na Venezuela, neste ano, é parte de um acordo com o país vizinho para levantar as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Washington, todavia, ameaça retomar as medidas em função de denúncias de prisões de opositores feitas pelo governo Maduro.

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