Em entrevista ao Portal Tucumã, a ex-senadora e ativista Vanessa Grazziotin (PCdoB) diz que o partido comunista vai continuar a se posicionar como sempre fez. Quando questionada sobre pretensões parlamentares, Grazziotin diz que somente o tempo vai mostrar se participa ou não como candidata nas Eleições de 2022.
Conforme a comunista, o importante é “continuar resistindo, denunciando o governo Bolsonaro e organizando a população”.
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Reencontro com a democracia
Ela frisa que a decisão do Ministro Fachin “é um início de um reencontro do Brasil com o Estado de Direito e com a própria Democracia”. Grazziotin comentou ainda o pronunciamento de Lula, em Live transmitida na manhã desta quarta-feira, 10, através de suas mídias sociais.
“O que o Lula falou em sua entrevista coletiva era o que dizíamos há muito tempo. Eles [a direita] forjaram uma situação no Brasil para arrancar o poder de quem tinha sido legitimamente eleito e para impedir a eleição do presidente Lula. Criaram um grupo para eleger parlamentares que defendiam o mercado e fizeram campanha contra parlamentares considerados ‘desafetos’, inclusive me incluíram nominalmente”, comenta Grazziotin.
De acordo com a ativista, fica comprovado que o objetivo da Lava Jato não era o combate à corrupção, mas, primeiramente, “estava a serviço dos americanos e do mercado e contra o povo brasileiro e, segundo, cometeu todo o tipo de crime, por isso a decisão de Fachin, cinco anos atrasada, é correta em anular processos porque o Lula foi condenado sem nenhuma prova”.
A ex-senadora acrescentou, ainda, que a investigação sobre a conduta dos juristas Sérgio Moro e Deltan Dallagnol deve continuar. E se “começa a ver uma luz de esperança e uma retomada de tempos normais”.
“Eu fiquei do lado que fiquei, sozinha, praticamente isolada aqui no Estado do Amazonas, mas sabendo que estava do lado certo da história. A diferença é que agora, tudo aquilo que nós falávamos está sendo provado e isso é muito importante”, ressalta a ex-senadora, que disse nunca ter largado a política. “Apenas não estou no parlamento”, pontua.
PCdoB exalta democracia após decisão sobre Lula
Nesta terça-feira, 09, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), em nota, comentou a decisão do ministro Edson Fachin em anular as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva relacionadas às investigações da Lava Jato, pela Justiça Federal no Paraná. O texto exalta o respeito pelo Estado Democrático de Direito, que teve a decisão e chamou de “marcha de perseguição” ao ex-presidente a sobreposição do aspecto político ao ordenamento jurídico do país, deixando de lado a justiça para que “interesses alheios à democracia” fossem impostos de forma arbitrária.
Por fim, Vanessa ressalta: “se a gente sofreu muito, a população sofreu muito mais”.
*Texto: Sephora Melo
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