São Paulo – O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acenou com brincadeiras e indiretas ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em assinatura do convênio para a construção do túnel Santos-Guarujá. Os dois mantiveram clima de cordialidade e aproximação durante o evento realizado no Porto de Santos nesta sexta-feira (2).
“É importante, Tarcísio, você ter claro: da minha parte não faltará um minuto de respeito ao papel que você exerce em São Paulo, da mesma forma que eu fiz com o Alckmin”, afirmou o presidente.
“O [vice-presidente Geraldo] Alckmin, nós brigamos tanto. Olha como é que a gente tá agora? Casadinho. Nós estamos separados pela dona Lu e pela dona Janja, mas estamos ali juntinho”, brincou Lula. “O Brasil precisa disso. O Brasil precisa de harmonia, o Brasil precisa de um pouco de alegria, de um pouco de esperança.”
Durante as afirmações do presidente, tanto Alckmin quanto Tarcísio riram muito.
Lula também brincou sobre a trajetória do governador. “Eu encontrei com o Tarcísio no meio da Amazônia, trabalhando no gasoduto. Depois o Tarcísio trabalhou com a [ex-presidente] Dilma Rousseff. Depois eu estranhei que ele foi trabalhar com o Bolsonaro. Mas paciência, é uma opção dele. E depois ele ganhou de nós nas eleições”, disse.
“O que eu vou lamentar? Eu tenho que parabenizá-lo e [me] preparar para derrotar você nas próximas eleições”, afirmou Lula. “E, enquanto a gente estiver governando, a gente [tem que] trabalhar.”
Obra prometida há mais de 90 anos, o túnel entre Santos e Guarujá será construído por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) em que Estado e União investirão R$ 2,7 bilhões cada — com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O parceiro privado vai investir ainda cerca de R$ 600 milhões. A promessa é que a obra fique pronta até 2028.
Lula lembrou que a obra é cara, mas necessária. “Com muita humildade, [reconheço que] São Paulo já tinha o projeto. O meio ambiente já tinha aprovado. Então a gente não poderia ficar na ideia de que o governo federal poderia fazer e São Paulo ficar fora”, declarou
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