A mãe da menina de 11 anos encontrada morta em Timbó, no Vale do Itajaí (SC), confessou à Polícia Civil que matou a filha com socos e chutes. A mulher e o padrasto da criança foram presos preventivamente.
De acordo com a delegacia, a mulher confessou em um segundo depoimento prestado à polícia, que matou Luna Nathielli Bonett Gonçalves por não aceitar que a filha havia se tornado “sexualmente ativa”.
O padrasto ficou em silêncio durante o depoimento. Ele chegou a ser apontado pela polícia como suspeito, mas teria negado a autoria do homicídio.
O novo depoimento foi após audos médicos e técnicos apresentarem contradições entre a versão apresentada por eles e o tipo de ferimentos encontrados no corpo da criança. A menina apresentava diversas lesões pelo corpo, segundo laudo da necropsia.
Contradições
Inicialmente, o casal disse que a menina caiu de uma escada após tentar resgatar um gato. A menina estava consciente e seguiu realizando as atividades normalmente, até a hora de dormir. À meia-noite, ela começou a passar mal e chamaram os bombeiros.
“Ambos foram esclarecidos das contradições entre a versão apresentada e as provas reunidas”, informou a Polícia Civil, em nota.
Conforme a Polícia Civil, o laudo da necropsia apontou que os ferimentos no corpo da criança eram incompatíveis com uma queda de escada. Ela tinha diversas lesões internas no crânio, baço, pulmão, intestino e uma laceração na vagina. O rosto da menina também tinha ferimentos.
A perícia feita na casa onde o crime ocorreu encontrou marcas de sangue nas proximidades do quarto da criança, sofá, em uma toalha, fronha e em uma calça masculina.