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Mãe denuncia gastos com impressões de tarefas do filho e sindicato dos professores critica ensino

O coordenador da Asprom Sindical, professor Lambert Melo, se solidarizou com a situação enfrentada pela mãe do aluno e criticou o sistema de ensino: "'Programa cheio de falhas", disse
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Simone Garcia Pena, mãe de um aluno da rede municipal de ensino em Manaus, denunciou, nesta quinta-feira (11), ao Portal Tucumã sobre a ausência de suporte da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), no que diz respeito à impressão das atividades que os professores encaminham ao filho. Ela aponta que a a família está vivendo de doações e não tem condições de gastar “todo dia” com impressão.

“Todos os dias, por meio do grupo de WhatsApp, os professores passam tarefas para os alunos. Entretanto, essas tarefas são todas para impressão. Aqui no meu bairro cada impressão custa R$ 2, mas alguns professores passam três tarefas para imprimir todos os dias. Estou desempregada e meu esposo também, estamos vivendo de doações”, afirmou Simone.

“Me pergunto: como irei ajudar meu filho nessa situação? Você já imaginou, todos os dias pagar R$ 2 para imprimir tarefas? A escola teria que, pelo menos, montar uma estrutura para ajudar esses alunos que não usam livros”, ressaltou a denunciante Simone.

Simone finaliza dizendo: “É muito fácil o professor dar “bom dia” no grupo e jogar as tarefas. Os pais precisam se virar como podem, para fazer o trabalho dos professores”, explicou a mãe, que denuncia o caso.

Veja denúncia:

Foto: reprodução/ Facebook – Portal Tucumã

‘Serviço de educação é gratuito’

De acordo com a vereadora vice-presidência da 4ª Comissão de Educação (COMED), na Câmara Municipal de Manaus, Professora Jaqueline, em escolas públicas da Secretaria Municipal de Educação (Semed) não existe orientação para cobrança de taxa de qualquer espécie. “Escola pública é gratuita. É o serviço de educação que é universalizado. Então, os pais não são obrigados a pagar material impresso e apostilas. Isso é responsabilidade do município”, disse ao Portal Tucumã.

Vereadora Professora Jaqueline – Foto: reprodução/ Assessoria

‘Programa cheio de falhas’

O coordenador de comunicação do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom/ Sindical), Lambert Melo, também se pronunciou sobre o caso. O professor se solidarizou com a situação enfrentada pela mãe do aluno e criticou o sistema de ensino. “Entendemos que esse programa de aulas virtuais que está sendo desenvolvido, pelas redes municipal e estadual de ensino, é um programa cheio de falhas e que precisa ser aprimorado”, pontuou.

“Desde o início, estamos nos posicionando contrários ao ensino à distância pela baixa qualidade disponível, para acompanhar com qualidade essa modalidade, é preciso ter uma infraestrutura e logística que te possibilite não só o acesso aos materiais de estudo, mas, também, os de processo avaliativo que confirmam o aprendizado”, completou Lambert.

Ainda de acordo com Melo, o sindicato cobrou ao secretário Municipal de Educação em Manaus, Pauderney Avelino, a criação de condições mais estruturadas para que os estudantes e professores tenham acesso de qualidade aos materiais de estudos. “Não se trata de um excesso em atividades por parte dos professores, trata-se da falta de estrutura que nem o professor e o aluno tem para estarem acompanhando as aulas remotas”, informou ao Tucumã.

O Portal Tucumã questionou a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) sobre este caso, mas até o fechamento desta matéria, o órgão não havia respondido aos questionamentos sobre a existência de posicionamento diante da denúncia.

Foto: reprodução/ internet

*Texto: Karol Maia

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