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Mamografia deve ser feita antes da primeira dose da vacina contra a Covid

A mastologista Hilka Espírito Santo alerta que o mais importante é que as mulheres não deixem de fazer seus exames anuais
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Mulheres não devem de fazer seus exames anuais de mamografia - Foto: Laís Pompeu/Fcecon
Mulheres não devem de fazer seus exames anuais de mamografia - Foto: Laís Pompeu/Fcecon

A mastologista Hilka Espírito Santo, chefe do serviço de Mastologia da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) recomenda que o agendamento dos exames de rastreamento para câncer de mama (pacientes assintomáticas) seja realizado antes da primeira dose ou após quatro semanas da segunda dose da vacina para Covid-19. A médica afirma que que o mais importante é que as mulheres não deixem de fazer seus exames anuais de rastreio.

Caso tenham tomado a vacina, as pacientes devem informar aos técnicos de radiologia, antes de iniciar o exame, que tomaram a vacina contra a Covid-19. É preciso dizer a data e qual dose. Isso será anexado ao prontuário da paciente, assim como demais perguntas que fazem parte do questionário de rotina, como a última menstruação ou possibilidade de gravidez.

“É muito importante que a paciente, ao ir ao serviço de radiologia, que ela diga a data que ela fez a vacinação. Assim, o médico radiologista, ao emitir o laudo, saberá que pode ter relação com a vacina. Essa paciente pode, ainda, repetir o exame quatro semanas depois. Mas isso deve ser avaliado pelo médico mastologista”, afirma Hilka Espírito Santo.

A médica diz que é normal o aparecimento de ínguas no corpo da mulher após a aplicação de vacinas contra diversas doenças, como a Covid-19. A presença desses gânglios na axila, por exemplo, não podem ser motivo para que a população feminina deixe de realizar a mamografia anualmente, como exame de rastreio para o câncer de mama, alerta a , unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM).

A chamada linfonodopatia axilar é o aparecimento de ínguas, que, ao toque, se assemelham a caroços. Os linfonodos contêm células do sistema imunológico que ajudam a combater infecções, atacando e destruindo germes que são transportados pelo líquido linfático.

Segundo a mastologista, é comum que os linfonodos reacionais apareçam debaixo dos braços, nas virilhas e na região do pescoço. Nesse caso, eles são reações normais à vacina.

“Essas ínguas não causam nenhum dano à paciente e normalmente desaparecem em torno de quatro semanas”, disse a mastologista, que alerta para a importância do exame. “Antes de tudo, é importante ressaltar a necessidade de se realizar a mamografia anualmente para todas as mulheres acima de 40 anos. A vacina não causa câncer e nem impede de você realizar seus exames de rastreio, que no caso é a mamografia”, diz Espírito Santo.

Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) divulgaram recomendações para condutas frente à linfonodopatia axilar.

Segundo as entidades, a alteração de linfonodopatia axilar após a vacina é um evento raro e não exclusivo da vacinação contra a Covid, podendo acontecer como reação após a vacina de sarampo e influenza, por exemplo, especialmente naquelas que evocavam uma resposta imune forte. Foto: Laís Pompeu/FCecon

Foto: Laís Pompeu/FCecon

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