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Marcelo Ramos é destituído da vice-presidência da Câmara dos Deputados

Segundo o parlamentar, em suas redes sociais, a pressão pela saída foi imposta pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro
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(Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados)

Manaus (AM) – O deputado federal pelo Amazonas, Marcelo Ramos (PSD-AM), foi destituído nessa segunda-feira (23) da vice-presidência da Câmara dos Deputados. Segundo o parlamentar, em suas redes sociais, a pressão pela saída foi imposta pelo Presidente da República, Jair Bolsonaro.

“Pressão do PL, não. Pressão do Presidente da República que deu uma ordem ao Presidente da Câmara por uma live”. O ato foi publicado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), que marcou eleição para o cargo para a próxima quarta-feira.

O ato da Mesa Diretora foi publicado nesta segunda-feira (23) após decisão do ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes que revogou uma liminar, emitida por ele próprio, que mantinha Ramos no cargo. Na nova decisão, o ministro acolhe manifestação da Mesa Diretora da Câmara e reconhece a “competência privativa” da Casa sobre o assunto.

Nos últimos meses, Marcelo Ramos vem fazendo críticas ao governo federal. E a troca de legenda feita no fim do ano passado quando Ramos deixou o PL, de Bolsonaro, para migrar para o PSD é justificativa legal para a troca, mas não a razão da mudança. Uma das críticas de Ramos à Bolsonaro é imposição do decreto de redução do IPI que atingia severamente a existência da Zona Franca de Manaus.

“Alguns achavam que me chantageavam quando sugeriram meu silêncio nas críticas ao presidente e na defesa do Amazonas para que não me retirassem da vice-presidência da Câmara em um gesto ilegal, arbitrário e antidemocrático. Não me conhecem!”, disse ele, em sua conta no Twitter.

“Eu não sou homem de trocar cargo por silêncio. Não troco meu dever de defender 19 milhões de brasileiros, sendo 5 milhões de crianças, que passam fome, 12 milhões de brasileiros desempregados, por cargo”, afirmou ainda.

Marcelo também utilizou as redes sociais para afirmar descontentamento a Arthur Lira e rebateu a reportagem do Valor Econômico, o qual afirmou que a pressão para a saída do cargo havia sido do PL.

Com informações do A Crítica e G1 Globo

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