Manaus – O primeiro vice-presidente da Câmara Federal, Marcelo Ramos (PL), afirmou em entrevista exclusiva ao Portal Tucumã discorreu sobre as medidas tomadas para amparar os danos das cheias aos municípios afetados no Amazonas. Ramos comentou também sobre a postagem da atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na câmara federal, Bia Kicis, a respeito do caso do PM Weslei em Farol da Barra e fez uma breve análise sobre a troca de ministros.
Confira:
Cheias no AM
“Nós tivemos uma reunião na bancada, com meu amigo, ministro Rogério Marinho (Ministro do Desenvolvimento Regional), e após a esta reunião, vários municípios que estão em situação de calamidade já receberam recursos. Posso citar: Pauini, Boca do Acre, Itamarati, Envira, Eirunepé. Estes são municípios que já receberam recursos liberados para o enfretamento das cheias após ação da nossa bancada”.
Caso PM Wesleiy – Farol da Barra e Bia Kicis
“Eu acho que a deputada Bia Kicis cometeu um erro, de estimular um motim. A hierarquia é algo fundamental dentro das polícias militares. Nós não podemos politizar o episódio que aconteceu na Bahia: nem politizar para culpar que ele deu um tiro nos policiais, porque era bolsonarista, e nem politizar pra dizer que ele fez aquilo porque ele estava pressionado pelo Governador. Aquilo ali foi um surto, ninguém tem uma reação daquela no bom funcionamento das suas faculdades. Então óbvio que aquilo ali foi um surto e tem que ser tratado como tal e não é matéria de política. A deputada Bia Kicis é a presidente da CCJ, a fala dela tem repercussão no Brasil. Ela precisa ter responsabilidade e acho que ela mesmo tomou consciência disso, tanto é que ela apagou o tuite que ela tinha feito”, afirmou Marcelo Ramos.
Reforma Ministerial
Um dos fatos mais memoráveis dessa semana é certamente a troca de seis ministérios do governo federal que ocorreu nesta última segunda-feira (29). Ramos teceu breves comentários sobre o episódio.
Saúde
“Eu acho que o governo Bolsonaro trocou o ministério da Saúde porque ficou insustentável a situação do ex-ministro Pazuello. Ele prometeu uma série de quantitativos e prazos para as vacinas e não cumpriu nenhum deles e isso quebrou a confiança de Pazuello com o parlamento brasileiro e com o povo brasileiro. Torço pra que o novo ministro dê certo e consiga dar a resposta rápida a nossa gente. E as outras trocas que foram feitas são trocas naturais, de administração.
Defesa
Claro que há um temor em relação ao ministério da defesa, porque foi entendida como um sinal de uma tentativa de controle político e ideológico maior do presidente Bolsonaro sobre as forças armadas e isso é sempre perigoso.
Secretaria do Governo
E lá na secretaria de governo, onde vai agora a minha amiga, a ministra e deputada licenciada, Flávia Arruda (PL), do meu partido, que a gente torça muito pra que dê certo, mas que para dar certo, ela precisa ter o apoio do governo que dê autoridade transversal e capacidade de cumprir o compromisso do governo com os deputados da base aliada.
Relações exteriores
E no ministério das relações exteriores, nada pode ser pior do que Ernesto Araújo. Então tem tudo para dar certo.
Tentativa de Golpe ?
“Eu acho que isso aí é teoria da conspiração. É claro que nós devemos ficar atentos, a vigilância do sistema democrático deve ser permanente, mas o Brasil é um país com uma democracia madura. O mundo não tem espaço para isso. O Brasil hoje depende muito da exportação de commodities. Se tivesse saída fora ordem democrática, certamente teria embargo comercial da União Europeia, Japão, Estados Unidos. E nosso país não sobreviveria a isso. Então não há apoio social, nem dos setores econômicos do país para um golpe. E quem sonha com isso, certamente irá se frustrar. A democracia brasileira é pujante e ela deve ser fortalecida cada dia mais”, defendeu Marcelo Ramos.
Confira entrevista na íntegra:
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