Brasil – O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou depoimento à Polícia Federa (PF) nessa sexta-feira (30). Ele é suspeito de fraudar cartões de vacinação da Covid-19 do ex-mandatário e de sua família e está preso desde maio, por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (SRF), Alexandre de Moraes.
Ele foi ouvido em desdobramento das investigações dos atos de 8 de janeiro, que resultaram na depredação das sedes dos Três Poderes.
Segundo o G1, Mauro Cid disse que não acreditava em um golpe para manter Bolsonaro no poder e o depoimento do militar à PF durou quatro horas. Cid chegou por volta das 15h e deixou a unidade da PF às 19h. Ele já tinha sido chamado anteriormente para depor nesse caso, mas havia ficado em silêncio. Desta vez, ele respondeu parte das perguntas.
No mês de junho, a PF localizou conversas de Cid sobre a minuta do golpe e de como proceder, caso fosse concretizado. Os diálogos de Cid foram feitos coronel Jean Lawand Junior, então subchefe do Estado Maior do Exército, na tentativa de convencê-lo a “dar a ordem” para que as Forças Armadas tomassem o poder, no final de 2022.
Entre as conversas encontradas no celular de Cid, a polícia identificou consultas a advogados, estudos sobre a possibilidade de uma intervenção militar, das Forças Armadas poderem ser acionadas como Poder Moderador, além de diversas mensagens de incentivos a um golpe de Estado, aos acampamentos antidemocráticos nas portas dos quartéis e aos atos de 8 de janeiro de 2023.
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