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Ministério da Saúde estima que Brasil chegue a 4,2 milhões de casos de dengue

A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde informou que o Brasil deve registrar 4,2 milhões de casos de dengue em 2024
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Foto: Reprodução/Pixabay

Brasil – A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, informou nesta sexta-feira (9), que o Brasil deve registrar 4,2 milhões de casos de dengue em 2024.

“Estamos vendo uma antecipação de casos que não tínhamos visto nas outras epidemias de dengue. Geralmente, os casos são fim de março e começo de abril (…). Com isso, temos muitas crianças e adolescentes que nunca tinha entrado em contato com o vírus”, afirmou a secretária que representou o Ministério da Saúde.

Devido a explosão de casos de dengue, a procura pela vacina Qdenga só aumenta. As doses devem chegar em 521 cidades selecionadas até março.

Crianças de 10 a 11 anos fazem parte do primeiro grupo prioritário para tomar o imunizante. Mas logo em seguida, outras faixas etárias serão incluídas no plano de vacinação.

Esse público foi escolhido porque, segundo o Ministério da Saúde, é a faixa etária com maior número de internações por dengue.

O primeiro lote da vacina serão entregues no Amazonas, Acre, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, São Paulo e Rio Grande do Norte.

Surto

O Brasil já registra, apenas neste ano, um total de 392.724 casos prováveis de dengue, de acordo com números divulgados pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (7). O ministério também confirmou 54 mortes pela doença no país. Outros 273 óbitos estão sendo investigados para saber se são decorrentes da dengue.

De acordo com o Painel de Monitoramento do ministério, a população feminina representa 54,9% dos casos, enquanto pessoas do sexo masculino somam 45,1%. Mais de 143,2 mil dos casos prováveis estão concentrados na população entre 30 e 49 anos de idade.

A explosão de casos de dengue em diversas regiões do país fez com que ao menos quatro estados – Acre, Minas Gerais e Goiás –, além do Distrito Federal, decretassem situação de emergência em saúde pública. O município do Rio de Janeiro também está em situação de emergência.

Estima-se que o Brasil pode contabilizar mais de 4,1 milhões de casos em 2024.

Com 135.716 casos prováveis, Minas Gerais é o estado com mais diagnósticos da arbovirose. Em seguida, aparecem São Paulo (61.873), Distrito Federal (48.657), Paraná (44.200) e Rio de Janeiro (28.327). Na análise do coeficiente de incidência por 100 mil habitantes, a capital federal lidera com 1.727,2 casos por 100 mil habitantes. Em seguida estão Minas Gerais (660,8) e o Acre (539,1).

A grave situação vivida pelo DF deve fazer antecipar o início da vacinação para esta sexta-feira (9), informou o governo local. A capital federal vai receber um total de 194 mil doses da vacina.

Em todo o país, as doses estão sendo distribuídas para 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde para iniciar a vacinação na rede pública. As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença. Serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos.

Em pronunciamento à nação na noite dessa terça-feira (6), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, fez um apelo para que a população adote cuidados para evitar a proliferação de criadouros do mosquito transmissor da dengue dentro de casa. Segundo a ministra, 75% dos focos estão localizados nas residências.

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“Este surto de dengue atual faz parte de um grande aumento em escala global da dengue”, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom, nesta quarta-feira (7), alertando que a explosão de casos da doença não é apenas no Brasil.

Mais de 360 mil casos e 40 mortes foram registrados só nesse ano de 2024. O número representa um acréscimo de 291% em relação ao mesmo período de 2023, que teve cerca de 93 mil casos. Tedros Adhanom está no Brasil participando do lançamento de um plano do Ministério da Saúde para eliminação de infecções e doenças como a dengue, malária, doença de Chagas, sífilis, hepatite B e HIV.

“São mais de 500 milhões de casos e mais de cinco mil óbitos relatados ano passados em 80 países de todas as regiões do mundo”, declarou.

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