Brasil – O casamento do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, com a CEO do Grupo Esfera, Camila Camargo, reuniu um grupo um tanto curioso de convidados. Segundo informações publicadas pelo Estadão, foi confirmada a presença de ministros do governo do presidente Lula, ministros do Supremo Tribunal Federal e até mesmo figuras que, num passado não muito distante, eram investigados pela justiça, os irmãos Joesley e Wesley Batista, do grupo J&F. A publicação ainda confirma que recursos públicos foram utilizados para levar o alto escalão dos poderes executivo, legislativo e judiciário à cerimônia.
A festa de casamento foi realizada no Centro Hípico de Santo Amaro, zona sul de São Paulo, para cerca de 700 convidados, entre eles 13 ministros que integram o governo de Lula. Para levar os membros da equipe do presidente petista, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) Vinícius Almeida, teria usado dinheiro público na compra das passagens, utilizando uma regalia prevista na legislação a pedido do Governo atual, que permite o pagamento de passagens pela União a magistrados e ministros de Estado que queiram viajar para cidades onde moram sem que tenho agenda de trabalho a cumprir, ou seja, inclui motivos de lazer e passeio.
Ainda de acordo com o Estadão, foi confirmado que Carvalho viajou para São Paulo no dia 2, sexta-feira, para poder ir a festa de casamento e teria voltado no dia 5 para Brasília, utilizando dinheiro público. A regalia é uma brecha que foi incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, a mesma foi aprovada pelos parlamentares, tornando assim legal o uso de dinheiro público para o “transporte entre Brasília e o local de residência de origem de membros do Poder Legislativo e ministros de Estado”.
Estiveram no casamento também o vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento e Indústria), Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Renan Filho (Transportes), Carlos Fávaro (Agricultura), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), Fernando Haddad (Fazenda), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), José Múcio (Defesa) e Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública). Segundo informações, o avião presidencial teria sido utilizado para levar a equipe de ministros de Lula para a festa, se aproveitando de um compromisso do presidente como motivo. Na sexta, Lula participou da cerimômia em comemoração aos 132 anos do Porto de Santos e do anúncio das obras do túnel entre Santos ao Guarujá.
Múcio, da Defesa, pediu um avião da FAB para ir a São Paulo, naquele dia ele estava em Recife. O uso do avião da FAB teria sido solicitado para que o ministro participasse de uma única agenda que ocorreu na manhã de sábado, dia do casamento, com o comandante militar do Sudeste, o general de Exército Guido Amin Naves. Muci marcou presença na festa de casamento acompanhado da esposa, Vera Brennand, que também viajou na mesma aeronave.
De acordo com decreto presidencial, o uso de avião da FAB é regulamentado e estabelece uma ordem de prioridade. Primeiro, em casos de emergências médicas. Segundo, quando há razões de segurança. Depois, viagens a serviço.
Com informações do Estadão
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