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Morre entregador de farmácia que teve corte no pescoço com linha cerol, no Zumbi

O motociclista Daniel da Silva Rodrigues, de 20 anos, estava trabalhando no momento em que foi atingido com a linha com cerol. Ele foi socorrido agonizando e morreu durante a cirurgia
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Fotos e imagens: Jhonatha Barros

Manaus – Morreu durante cirurgia o motociclista Daniel da Silva Rodrigues, de 20 anos, que sofreu o corte no pescoço por uma linha com cerol, na tarde desta quarta-feira (4), no momento em seguia para fazer uma entrega de medicamentos para um cliente da drogaria onde trabalhava.

O fato ocorreu na avenida Alameda Cosme Ferreira, no bairro Zumbi, zona Leste de Manaus, por volta das 14h30.

Segundo a mãe dele, Maria José da Silva Rodrigues, de 54 anos, ele deixa esposa e um bebê de 3 meses.

No momento do acidente, o jovem motociclista que trabalhava como entregador em uma drogaria naquela área da cidade e era bastante conhecido pelos populares, caiu na via agonizando e foi socorrido por trabalhadores de uma borracharia, que também acionaram a 9ª Companhia interativa Comunitária (Cicom).

Ele chegou no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio entre a vida e a morte, foi reanimado e encaminhado para o centro cirurgico ainda com vida, no entanto, durante a cirurgia ele sofreu uma parada cardíaca e morreu, devido a profundidade do golpe no pescoço que também provocou forte hemorragia.

A vítima era acostumada a fazer o percurso e conhecia bem o trajeto. Conforme a mãe dele, ele era um rapaz bastante trabalhador e, desde a pandemia optou por trabalhar como entregador, já que conseguiu o serviço e precisava sustentar sua família.

Maria José, sua mãe, estava bastante confiante com a recuperação do jovem, pois como ele foi rapidamente socorrido, ela creu que a cirurgia teria sucesso, mas, infelizmente, mais uma vítima desse tipo de imprudência perde a vida.

É importante salientar que não restrição alguma em brincar com pipas ou apagaio, como é chamado no Amazonas, é um dos lazeres mais comuns no período menos chuvoso do ano e conta com adeptos das mais diversas idades.

Mas, os praticantes desse tipo de atividade devem procurar um lugar adequado e seguro para o lazer, de preferência que os lugares sejam abertos e longe de motociclistas, e das redes de energia elétrica. Esse tipo de cuidado é importante para o brincante e para as pessoas em volta.

Outro risco comum durante a brincadeira de soltar papagaio são quedas de lajes e atropelamentos do praticante da atividade, por distração. Há ainda os tombos que ocorrem nas calçadas e bueiros, e ainda risco de choque, quando as pessoas que correm para pegar os papagaios que ‘quedam’ portam pedaços de pau, canos, ferro ou qualquer outro material condutor de energia para tentar pegar essas pipas em telhados, lajes e fiações energizadas.

Como ocorreu no dia 15 de julho, quando um menino de 11 anos caiu em um bueiro de aproximadamente 15 metros enquanto brincava de papagaio, na avenida Torquato Tapajós, zona Oeste de Manaus.

Animais também podem tornar-se em vítimas dessa modalidade de brincadeira.

Perigo

O cerol é um composto de vidro moído e cola usado em linhas de pipas para cortar linhas de outros praticantes e costumeiramente é fabricado de forma caseira por seus usuários.

Enquanto a linha chilena é feita industrialmente e seu poder de corte é tão elevado pois à linha original são adicionados pó de quartzo e óxido de alumínio, com poder de corte quatro vezes maior que o cerol.

Na maioria das vezes, são linhas de anzol que recebem banhos de substâncias químicas para deixá-las com maior poder de corte, e é proibido o uso.

Texto: Conceição Melquíades
Reportagem: Rickardo Marques
Imagens: Jhonatha Barros

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