O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, criticou nesta quarta-feira a demora do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CJJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), em marcar a sabatina do ex-ministro André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF).
“Acho que não está correto isso daí, né? O senador Alcolumbre devia cumprir a tarefa dele como presidente da CCJ, botar o nome para ser votado e acabou. Se for aprovado, muito bem. Se não for, muito bem. É o papel dele”, disse Mourão, em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto.
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e advogado-geral da União foi indicado há três meses por Bolsonaro para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello.
Nos bastidores, o nome de Mendonça, que também é pastor evangélico, gera resistências de Alcolumbre e outros senadores. Há pressões de para que Mendonça seja substituído pelo atual procurador-geral da República, Augusto Aras, que ganhou a simpatia de alguns parlamentares por criticar a Lava-Jato.
Mourão disse que não conhece “os bastidores” do caso, mas que concorda com a posição de Bolsonaro de que nunca faltou apoio a Alcolumbre por parte do Planalto. Auxiliares do presidente se envolveram para eleger Alcolumbre como presidente do Senado, em 2019, na disputa contra Renan Calheiros (MDB-AL).
Com informações via Valor Econômico
Leia também: Romário declara apoio a Bolsonaro; ‘Antes dele o Brasil estava uma merda’