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Movimentos de Doria, Moro e Leite deixam “terceira via” em chamas

Numa quinta-feira frenética, João Doria, deixou o PSDB aflito. Moro trocou o Podemos, pelo União Brasil, e Eduardo Leite (PSDB), renunciou o governo gaúcho para tentar a presidência.
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(Foto: Divulgação)

BRASIL – Às vésperas do prazo final da desincompatibilização para a disputa das eleições de outubro, que se encerra neste sábado (2/4), as movimentações erráticas de atores que disputavam o espaço na chamada “terceira via” ameaçam mudar todo o tabuleiro eleitoral previsto. A quinta-feira (31/3) teve ameaça de desistência do governador de São Paulo, João Doria, que deixou o PSDB em polvorosa – antes de recuar, renunciar ao cargo e se dizer ainda candidato. E o dia também viu o ex-ministro de Jair Bolsonaro e ex-juiz federal Sergio Moro trocar o partido que acabara de escolher, o Podemos, pelo União Brasil e anunciar que deixa a corrida pelo Planalto “neste momento”.

O recuo de Doria e a ressalva de Moro deixaram muita incerteza no ar nas hostes da terceira via, grupo que ainda patina para tentar encontrar um nome – e um método – para romper a polarização entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O saldo da quinta-feira frenética, para analistas políticos, é de que nenhum dos movimentos, contudo, mexe no panorama de fundo neste momento, que sinaliza como “inviável” competitivamente um dos nomes do grupo nem Bolsonaro nem Lula.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), renunciou ao governo gaúcho para tentar se viabilizar como candidato à Presidência da República, apesar de ter perdido as prévias do partido para Doria. O governador paulista acusou o golpe, e a movimentação de Leite foi um dos elementos para que o tucano ameaçasse desistir da pré-candidatura ao Palácio do Planalto.

Moro tentou deixar a porta aberta para reassumir uma candidatura à Presidência ao fazer a ressalva de que deixava a corrida “neste momento”, mas membros da cúpula do União Brasil, contudo, reagiram pouco depois e disseram que “neste momento, não há hipótese” de o ex-juiz ser presidenciável pelo novo partido.

Especialistas entrevistados pelo Metrópoles avaliam que um cenário sem Doria e sem Moro seria, entretanto, o ideal para viabilizar a “terceira via”, com Leite e a senadora Simone Tebet (MDB-MS), em chapa única. Para eles, Doria enfrenta alta rejeição e terá dificuldades para se viabilizar como este nome, e Moro tem mais viabilidade como candidato a deputado federal.

“Uma das poucas possibilidades da ‘terceira via’ é estar sem eles [Doria e Moro]. Um dos principais entraves da ‘terceira via’ é justamente esse arranjo político. Todo mundo quer ter a ‘terceira via’, mas ninguém quer abrir mão para a construção em torno de outra pessoa. Os dois mais abertos nestas negociações são Simone Tebet e Eduardo Leite”, avalia a consultora Bárbara Furiati, da Baselab.

Do Metrópoles*

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