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Na luta contra a homofobia, em Manaus famílias lembram de vítimas e destacam sonhos

Ainda existe um grande preconceito contra os homossexuais na maioria das sociedades que, infelizmente, se reflete em atos desumanos de violência extrema contra esses indivíduos
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Os compositores Adilson Xavier e Vinicius Castro escreveram uma canção interpretada pelo cantor Gilberto Gil onde fala que todo mundo tem seu jeito singular de ser feliz, de viver e de enxergar. […] Todo mundo tem que ser especial, em oportunidades, em direitos, coisa e tal, seja branco, preto, verde, azul ou lilás. E daí? Que diferença faz?

Na canção tudo é extraordinário, no entanto, no dia a dia, nada é tão deslumbrante assim. Desde muito pequenos, presenciamos certas atitudes que podem até confundir a forma como vemos o mundo. Deparamos com preconceitos diversos, seja pela cor da pele, forma em que nos expressamos ou nos comportamos, estamos a todo instante obrigados a prestar satisfação de nossos atos. E quando o fato ganha conotação sexual aí tudo fica maior, a dimensão é colossal.

Em um mundo machista, as questões sexuais ganham uma dimensão gigantesca. A exemplo disso, podemos mencionar questões relacionada a homossexualidade, que somente em 17 de maio de 1990 a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou da classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde.

Sim, você não entendeu errado, ser homossexual significava conviver com o diagnóstico de “doente”.

Essa decisão transformou a data em marco e levou à criação do Dia Internacional contra a Homofobia.

A partir de então, iniciou também a necessidade da consciência, inclusive, sobre a importância da escolha das palavras como o uso de homossexualidade e não “homossexualismo”, em vista de que o sufixo “ismo” relaciona-se a uma doença, uma ideia que precisa ser superada, faz tempo.

O Dia Internacional contra a Homofobia representa um marco mundial anual e importante, não somente para as pessoas homossexuais como também para chamar a atenção das pessoas em geral para a situação enfrentada por alguém cuja a orientações sexual, identidade ou expressão de gênero, ou características sexuais atípicas ou fora das normas de gênero sejam diferentes do que se considera como “normal”.

Se o importante é ser feliz, sejamos felizes com aquilo que proporciona prazer e satisfação. Assim deveria ser. E no Dia Internacional Contra a Homofobia, celebrado anualmente em 17 de maio, é também conhecido como “Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia”.

Todas essas questões visam conscientizar a população em geral sobre a luta contra a discriminação dos homossexuais, transexuais e transgêneros. Não se pode admitir que pessoas com esse tipo de orientação sexual sejam violentadas, desrespeitadas e odiadas, afinal, o que eles fizeram contra a sociedade? Cada um usa o seu corpo como bem lhe aprouver. E nos casos em que o corpo que a pessoa nasceu não lhe oferece nenhum conforto, qual é o problema de adequar.

Homicídios no Amazonas

E o que dizer dos números de casos cada vez mais altos de violência e homicídios contra pessoas que se declaram homossexuais ou trans? O homicídio da mulher trans Manuela Otto, de 25 anos, ocorrido neste ano em 12 de fevereiro, um sábado, chocou, principalmente, os artistas da capital amazonense. O corpo da atriz foi encontrado, nu, no chão do quarto de um motel, no bairro Monte das Oliveiras, na zona Norte de Manaus. O principal suspeito do assassinato é um policial militar.

Nos últimos três anos, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) registrou nove morte de transexuais. Em 2019, ocupava a nona posição do ranking do Brasil com cinco crimes. Em 2020, três assassinatos foram registrados colocando o Estado na 16ª posição.

Somo o Estado que mais mata pessoas trans, perdemos para São Paulo.

Ainda em Manaus, outro caso que repercutiu pela crueldade foi o assassinato da mulher trans ‘Andresa Santos’. Ela foi morta a pauladas na madrugada de 24 de abril, na rua 10 de Julho, no Centro de Manaus. Policiais foram acionados por populares após encontrarem o corpo jogado em via pública com marcas de pancadas na cabeça.

Andresa Santos era uma mulher cheia de sonhos. De acordo com a família, ela queria cursar faculdade de Estética. O encanto vinha da ideia de poder modificar corpos. Ela tinha apoio dos familiares que relataram seu desejo em iniciar o processo de resignação de gênero, e chegou até a procurar o médico e fazer algumas consultas.

Sua irmã disse que Andresa era uma mulher muito gentil e calma com todos, por isso não sabe como a irmã pode ter sido vítima de tamanha violência, a não ser por pura transfobia.

Ela não queria morrer cedo, e sempre relatava isso, pois tinha consciência de que mulheres trans e travestis têm, em sua grande maioria, expectativa de vida de 35 anos, e que são expostas a violência. Infelizmente, Andresa foi assassinada com grande violência, morreu em decorrência das pauladas que recebeu aos 36 anos.

Tais atitudes precisam ser combatida no mundo inteiro, para que possamos formar uma sociedade baseada na tolerância e respeito ao próximo, independente da orientação sexual, cor, raça ou religião.

Os direitos humanos são para todos os humanos. O Dia Internacional Contra a Homofobia (International Day Against Homophobia, em inglês) é comemorado em 17 de maio em memória à data em que o termo “homossexualismo” passou a ser desconsiderado, e a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990.

No Brasil, esta data tornou-se oficial somente em 2010, de acordo com o Decreto de 4 de junho desse ano.

A homofobia consiste no ódio e repulsa por homossexuais, atitude esta que deve ser combatida para que possamos formar uma sociedade que esteja baseada na tolerância e respeito ao próximo, independente da sua orientação sexual.

Ainda existe um grande preconceito contra os homossexuais na maioria das sociedades que, infelizmente, se reflete em atos desumanos de violência extrema contra esses indivíduos.

O Dia Internacional Contra a Homofobia (International Day Against Homophobia, em inglês) é comemorado em 17 de maio em memória à data em que o termo “homossexualismo” passou a ser desconsiderado, e a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990.

No Brasil, esta data está incluída no calendário oficial do país desde 2010, de acordo com o Decreto de 4 de junho desse ano.

Nas palavras do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, “O bullying homofóbico é […] um ultraje moral, uma grave violação de direitos humanos e uma crise de saúde pública”.

Assim, é preciso conscientizar as pessoas sobre esse tipo de bullying e sobre suas consequências físicas e mentais, para os jovens, que são as grandes vítimas desse crime.

Durante muito tempo a homossexualidade foi visa como pecado mortal, perversão sexual, aberração. Na verdade, é um jeito diferente de se encarar o sexo, algo que até a atualidade ainda é vista com tabu, pela grande maioria da população, daí a necessidade de discriminar, violentera físicamente,psicológicamente e sexualmente.

O mesmo país que aplaude o ídolo Paulo Gustavo apedreja tantos jovens, que muitas das vezes moram ao lado. Uma hipocrisia desprezível que precisa ser banida de nossa sociedade

Em 2020, foram assassinadas 175 pessoas transexuais no Brasil. O levantamento foi divulgado foi realizado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). O número representa aumento de 29% em relação às 124 mortes registradas em 2019.

O ano passado foi o segundo mais violento da década para transexuais, com um número de assassinatos menor apenas que os verificados em 2017, quando ocorreram 179 casos.

A média é de um assassinato de transexual a cada 48 horas no Brasil.

Em números absolutos, São Paulo foi o estado com mais casos em 2020, com 29 mortes, seguido pelo Ceará, com 22 assassinatos, e a Bahia, com 19.

Os três estados foram também os que apresentam o maior número de mortes nos últimos quatro anos (de 2017 a 2020). Nesse período, foram registrados 641 assassinatos de transexuais, sendo 80 em São Paulo, 62 no Ceará e 59 na Bahia.

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