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‘Não é para avançar a liberação do aborto’ diz Lira sobre PL polêmica

O objetivo da proposta é equiparar a punição para o aborto à reclusão prevista para homicídio simples
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(Foto: Reprodução Redes Sociais)

Brasil – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), minimizou nessa quinta-feira (13) a importância da aprovação da urgência do projeto sobre o aborto, afirmando que o relator será responsável por definir “o tom” do texto final.

“O sentimento da Casa não é para avançar para liberação do aborto e também não é para descumprir os casos que já são permitidos hoje em lei”, disse ele em entrevista à imprensa. Lira não antecipou quem deve ganhar a relatoria, mas disse que já tem um compromisso com a bancada feminina de que será uma mulher, e de uma ala “moderada”.

O Projeto de Lei 1904 propõe estabelecer um limite de 22 semanas para a realização de qualquer procedimento de aborto em casos de estupro no Brasil. O objetivo da proposta é equiparar a punição para o aborto à reclusão prevista para homicídio simples.

Com essa mudança, uma mulher que realizar o procedimento, se condenada, poderá cumprir pena de 6 a 20 anos de prisão. Atualmente, a pena para estupro no Brasil varia de 6 a 10 anos, aumentando para 8 a 12 anos em casos de lesão corporal.

Atualmente, o aborto é permitido em três situações: gestação resultante de estupro, risco à vida da mulher e anencefalia fetal. Os dois primeiros casos estão previstos no Código Penal de 1940, enquanto o último foi autorizado por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em 2012. Para todas essas situações, não há limite de idade gestacional para a realização do procedimento.

O projeto teve sua urgência aprovada na última quarta-feira (12) pela Câmara dos Deputados.

“O fato de você votar a urgência de um projeto não quer dizer que ele vai ser aprovado nem que será o mesmo texto, porque o caminho ainda é longo. É uma Casa plural, com pensamentos diversos, ideologias e partidos diversos, e minha única função é promover o debate”, afirmou ele.

Essas declarações foram feitas durante uma entrevista à imprensa em Curitiba, após participar da 9ª edição do Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral, que está sendo realizado até sábado (15). O evento é organizado pelo Iprade (Instituto Paranaense de Direito Eleitoral), pela Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político) e pelo Ibrade (Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral).

“É um texto polêmico e, se não tiver condição, se não tiver consenso, não vai ao plenário. Mas, por sentimento, entendo que o Congresso não irá avançar em cima do que já está pacificado na legislação, com as exceções que se permitem [para o aborto]”, reforçou ele.

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