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Novo virou “uma vergonha nacional”, diz vice de Amoêdo que anuncia saída do Partido

Saiba motivos da desidratação e evazão em massa do partido Novo segundo um dos idealizadores e vice-líder, Christian Lohbauer, que deixar a sigla
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Christian Lohbauer, vice de Amoêdo na eleição de 2018 anuncia saída do Partido Novo
Christian Lohbauer, vice de Amoêdo na eleição de 2018 anuncia saída do Partido Novo

A crise interna pela qual passa o Partido Novo ganhou mais um capítulo. Um dos fundadores da legenda e candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por João Amoêdo na eleição de 2018, Christian Lohbauer anunciou sua saída da agremiação em um vídeo publicado nas redes sociais.

Segundo Christian Lohbauer, um dos motivos que o teriam levado a deixar o Novo é justamente o comportamento de Amoêdo, ex-presidente nacional do partido.

“Nunca se viu um partido onde os mandatários não têm voz e um grupo de iluminados estabelece os destinos do partido. Um erro crasso, uma vergonha nacional”, criticou o agora ex-integrante do Novo.

Ainda de acordo com Lohbauer, o Novo vem se desvirtuando de seus propósitos originais, especialmente nos últimos dois anos, desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro.

“Desde 2019, um fenômeno para mim quase inacreditável começou a acontecer: essa disfunção entre a orientação do diretório nacional com a vida real da política, com o mundo dos mandatários”, afirmou.

O ex-candidato a vice-presidente da República pelo Novo também repudiou a “tentativa de transformar o partido no algoz do atual governo e nos arautos do impeachment do presidente”.

O Partido Novo vive uma grave crise interna surgida a partir de um racha entre parlamentares mais alinhados ao Palácio do Planalto e dirigentes que se opõem ao governo Bolsonaro. A legenda vem sofrendo uma verdadeira “desidratação” e já perdeu mais da metade dos filiados — foram mais de 35 mil desfiliações (mil somente em julho), número que já supera os quase 34 mil filiados.

Recentemente também, o Novo agora tem de se explicar a respeito da utilização de recursos do Fundo Partidário. Em seu site oficial, a agremiação se vangloria por ser “o único partido que não utiliza recursos públicos para sua manutenção por uma questão de princípios”, mas não é o que vem ocorrendo, na prática. Para atender a uma exigência da Justiça Eleitoral, que cobra de todos os partidos a aplicação de 5% de sua verba do Fundo na “criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação das mulheres”, o Novo já investiu mais de R$ 2 milhões de um total de R$ 3,7 milhões que deveriam ser direcionados a esse segmento. Se não aplicar pelo menos 5% dos recursos do Fundo nessas atividades, o partido pode ter suas contas rejeitadas.

É justamente a aplicação desse dinheiro que vem sendo contestada dentro do partido. Uma filiada do Novo de Niterói (RJ), que preferiu não ter o nome identificado na reportagem, questionou o pagamento de mais de R$ 960 mil à Trevisan Escola de Negócios para a realização de um curso on-line de MBA Executivo em Gestão Pública para 50 mulheres filiadas à legenda — o equivalente a R$ 19,2 mil por aluna.

Com informações via Revista Oeste

Leia também: Amoêdo quer expulsar políticos do Novo a favor do voto impresso auditável e de Bolsonaro

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