A paralisação de caminhoneiros nesta quarta-feira (8), que até o último boletim divulgado pelo Ministério da Infraestrutura às 22h30 já contava com atos em ao menos 16 Estados brasileiros, teve registros de cenas de violência, ameaças e falas contra a corrupção e o PT (Partido dos Trabalhadores).
Em uma das imagens compartilhadas nas redes sociais, manifestantes aparecem discutindo com uma motorista que tentou atravessar a barreira montada na BR242, na altura da cidade de Luis Eduardo Magalhães (BA). O grupo consegue abrir a porta do caminhão e um dos homens que participava do ato ameaça “tacar fogo no caminhão”.
“O que que a gente está fazendo de errado? Moço, mas você está empatando a gente de trabalhar. Moço a gente tem que entregar [a carga]. Moço, será que a gente pode conversar? Eu vou chamar a polícia”, disse a mulher que ocupava a direção do caminhão ao lado do marido.
“Nós vamos deixar você parado 1h só. Está vendo ali? Olha ali aquele frigorífico. É só parar, cara. Por favor, você vai parar? É só parar ali”, disse um homem que conseguiu entrar no caminhão e aparentemente assumiu o volante.
Em outro vídeo, também em Luis Eduardo Magalhães (BA), manifestante pede que as pessoas “espalhem nos grupos porque não vai passar. Aqui está todo mundo fechado (…) Não está passando carga, só está passando ônibus e carro pequeno e carga perecível. Valeu.”
Outro manifestante, de Balsas (MA), pediu para população ficar em casa porque a “paralisação começou. Por um Brasil melhor. Fora corrupção. Fora PT”.
Segundo Wallace Landim, o Chorão, um dos líderes da categoria dos caminhoneiros e presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), os manifestantes representam parcela ínfima e não tem a ver com a pauta da categoria.
