Pesquisar
Close this search box.
[views count="1" print="0"]

‘Parem de fazer m***’, desabafa médico nas redes sociais sobre acidentes de trânsito

"Pacientes vítimas de traumas necessitam muitas vezes de cuidados intensivos. Isso está sobrecarregando um sistema de saúde já saturado", explicou o médico
Especial Publicitário
Médico
Médico

O médico Luiz Gabriel Signorelli, diretor geral da Santa Casa de Itatiba (SP), a 85 km da capital paulista, fez um desabafo em um vídeo publicado nas redes sociais com críticas sobre as irresponsabilidades cometidas pelos cidadãos durante a pandemia do novo coronavírus.

Na gravação citada, o diretor afirmou que a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital está lotada, que a equipe está sobrecarregada e, ao citar acidentes de trânsito causados por motoristas embriagados ou drogados, pediu para que as pessoas parassem ‘de fazer m***’.

“Venho alertando o ente público do limite da nossa capacidade há semanas, minha única saída foi tentar esclarecer a população quanto aos cuidados [tanto com traumas quanto com contaminação da covid]. Foi um desabafo mesmo. Eu não esperava que o caso tomasse proporções fora da cidade”, disse Signorelli.

De acordo com o médico, a UTI da Santa Casa comporta, normalmente, um total de dez pacientes, sendo três em isolamento – como é necessário para os cuidados com a covid-19. No período da pandemia foram abertos mais dez leitos, que, segundo Signorelli, atendeu bem a demanda de maio a outubro, até acabar a verba e ser necessário fechar os leitos extras. Com isso, em novembro, o hospital.

No final de novembro, com a possibilidade de uma segunda onda de casos da covid-19, a ala extra foi reaberta. “Hoje, temos 13 leitos de UTI de isolamento e sete leitos de UTI para os outros casos. O que diferenciou da primeira onda, é que os casos de traumas haviam caído muito. O que dessa vez não está acontecendo. Pacientes vítimas de traumas necessitam muitas vezes de cuidados intensivos. Isso está sobrecarregando um sistema de saúde já saturado”, explicou o médico.

O médico ressaltou que a situação da Covid-19 no país é complexa e que o desafio das autoridades públicas é muito grande. “Não existe uma ‘bala de prata’, como ‘fique em casa’ ou ‘a vida continua’. Sou médico assistencialista e gestor, nossa função é atender a quem precisa. Os gestores públicos precisam equilibrar essa recomendação. Entendo que não é fácil”, opinou.

Veja o vídeo:

Com informações UOL

Leia mais: Medicamento poderá dar imunidade instantânea ao coronavírus

Tags:
Compartilhar Post:
Especial Publicitário